As moedas brasileiras possuem valores que variam entre 5 centavos e 1 real. Recentemente, o Banco Central lançou uma moeda de 5 reais em comemoração aos 200 anos da primeira Constituição do Brasil, mas a tiragem inicial foi de três mil unidades e sua venda ocorreu em poucos minutos.
Os compradores provavelmente foram numismatas, ou seja, essas peças não deverão entrar em circulação no país, mas apenas farão parte das coleções dessas pessoas. A propósito, numismática se refere ao estudo, pesquisa, especialização e colecionismo de cédulas, moedas e medalhas sob o ponto de vista histórico, artístico e econômico.
Nos últimos tempos, muitas pessoas passaram a demonstrar um grande interesse em moedas raras no país, e muitas delas pagam verdadeiras fortunas por itens que valem apenas centavos, ao menos para a maioria da população.
Vale destacar que não são apenas peças comemorativas que fazem sucesso no Brasil. Em resumo, itens com alguma peculiaridade, mesmo que não tenham sido fabricados para algum evento ou data especial, podem se valorizar e chegar a valer centenas ou milhares de reais.
Foi isso o que aconteceu com uma moeda de 1 real, que pode ser vendida por R$ 2.500 devido a uma falha de cunhagem, que a tornou incomum. Além disso, a antiguidade do item ajudou a elevar o seu valor, uma vez que se tornou muito difícil encontrá-lo em circulação no país.
Saiba mais sobre a numismática
O universo da numismática vem crescendo de maneira significativa no Brasil, e está registrando movimentações financeiras bastante elevadas. As pessoas passaram a procurar itens incomuns com mais intensidade, e essa demanda só faz aumentar o valor de muitos modelos no país.
Nesse mundo, as pessoas chegam a pagar valores impressionantes em leilões e sites de vendas, tudo para terem em sua posse alguns itens incomuns e raros. Inclusive, a demanda costuma definir o valor das moedas, ou seja, quanto maior for a sua procura, mais caro o item tende a ser.
Colecionadores buscam moeda rara de 1 REAL
No Brasil, a Casa da Moeda fabrica o dinheiro conforme os pedidos feitos pelo Banco Central (BC). Os modelos devem ser idênticos e padronizados, contendo todas as características nos locais corretos.
Entretanto, nem sempre isso acontece, e os modelos acabam se valorizando quando apresentam alguma falha ou defeito. Isso acontece porque o item se torna único, e muitas pessoas passam a buscá-lo, mostrando-se dispostas a pagar caro por ele.
A saber, a Casa da Moeda fabricou cerca de 18 milhões de moedas de 1 real em 1998. Essa foi a terceira menor tiragem da 2ª família do real, acima apenas dos números de 1999 (3,84 milhões) e 2014 (11,9 milhões). Nos demais anos, a tiragem média foi de 200,1 milhões de unidades, bem acima dos menores números registrados.
Dos itens fabricados em 1998, houve exemplares que apresentaram uma falha que os tornou únicos e aumentou significativamente a sua valorização: reverso rotacionado em 180º.
Para conferir se o modelo tem o reverso invertido, basta girá-lo na vertical, ou seja, de cima para baixo ou de baixo para cima. Se, ao girar a moeda, o reverso ficar de ponta cabeça, significa que ele está invertido, algo que não deveria acontecer.
De acordo com o catálogo ilustrado Moedas com Erros, o valor do item pode chegar a R$ 2.500. Esse valor se refere à peça flor de cunho. Aliás, veja abaixo sobre os estados de conservação das moedas e como eles podem influenciar o valor das peças.
Estado de conservação influencia valores
A saber, as moedas recebem algumas classificações quanto ao seu estado de conservação, e isso determina o valor pago pelos colecionadores. O primeiro termo se chama muito bem conservada (MBC) e se caracteriza por ter vários sinais de manuseio e uso.
No caso das moedas MBC, os itens devem apresentar, aproximadamente, 70% dos detalhes da cunhagem original. Além disso, o seu nível de desgaste deve ser homogêneo, sem ter um local bem mais desgastado que outro. A propósito, estes são os modelos que possuem os menores valores no mercado.
Por sua vez, o estado de soberba se refere às moedas que apresentam, aproximadamente, 90% dos detalhes da cunhagem original. Em suma, os exemplares que tiveram uma pequena circulação se enquadram neste segmento.
No entanto, os itens realmente buscados pelos colecionadores são chamados de flor de cunho. Estas moedas não circularam no país, ou seja, não apresentam qualquer sinal de desgaste ou manuseio. Em outras palavras, são itens que não possuem marcas e estão em perfeito estado de conservação. Estes são os modelos que valem mais.
Como vender as moedas?
Os interessados em vender seus exemplares podem conseguir isso através de diversas maneiras. Confira abaixo as principais formas de vender moedas raras para colecionadores.
- Entrar em grupos de colecionadores em redes sociais, como o Facebook;
- Acessar lojas especializadas na compra e na venda de moedas raras, tanto físicas quanto online;
- Participar de leilões de moedas raras, principalmente de itens que tenham alto valor;
- Buscar plataformas online como Mercado Livre e Shopee, pois possuem muitos usuários interessados em colecionar moedas raras.
Por fim, as pessoas devem aumentar o conhecimento no tema e ganhar experiência no mercado para conseguirem preços justos. Cabe salientar que os leilões oferecem um ambiente competitivo, aumentando as chances de venda das moedas a preços mais elevados.