Veja quem são os mais afetados pelo desemprego no Brasil, segundo o IBGE

Veja quem são os mais afetados pelo desemprego no Brasil, segundo o IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou recentemente os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) referentes ao primeiro trimestre deste ano. De acordo com as informações divulgadas pelo IBGE, a taxa de desemprego foi mais alta entre as mulheres, pretos e pardos.

Ainda, segundo a pesquisa, a taxa de desemprego entre as mulheres atingiu 10,8%, em contrapartida, entre os homens esse índice foi de apenas 7,2%. A pesquisadora do IBGE, Alessandra Brito, ressalta que “a taxa das mulheres é 50% maior do que a dos homens. Mas a gente vê que houve um aumento da taxa tanto para mulheres quanto para homens“.

Comparando com o levantamento anterior realizado pelo Instituto, no último trimestre de 2022, o índice de desocupação entre as mulheres era de 9,8%, enquanto entre os homens era de 6,5%. Já no que diz respeito à análise por cor ou raça, o IBGE constatou que, no primeiro trimestre deste ano, a taxa de desocupação entre pessoas pretas era maior do que em outros grupos (11,3%).

A maior taxa de desocupação entre mulheres e entre pessoas de cor preta e parda é um padrão estrutural do Brasil, que a pesquisa acaba refletindo. Essas populações também estão sobrerrepresentadas na informalidade, se comparadas aos homens e às pessoas de cor branca”, afirmou a pesquisadora. 

Taxa de desemprego por nível de escolaridade 

Além das disparidades observadas na taxa de desemprego entre gêneros e grupos raciais, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) também revelou diferenças significativas com base na escolaridade e faixa etária dos indivíduos.

No que diz respeito à escolaridade, a pesquisa constatou que aqueles com ensino médio incompleto apresentam a taxa mais alta de desemprego, atingindo 15,2%. Por outro lado, aqueles com ensino superior completo têm a menor taxa, registrando apenas 4,5%. 

Quanto à análise por faixa etária, o estudo divulgado pelo IBGE constatou que os mais jovens enfrentam maiores dificuldades em encontrar emprego no país. Entre os indivíduos de 18 a 24 anos, a taxa de desocupação é de 18%. 

Essa taxa diminui para 8,2% na faixa de 25 a 39 anos e cai ainda mais, chegando a 5,6%, para aqueles entre 40 e 59 anos. Surpreendentemente, a taxa de desemprego é ainda menor, registrando 3,9%, entre aqueles com mais de 60 anos.

Conheça a Pnad Contínua

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) é uma importante ferramenta de análise e diagnóstico socioeconômico no Brasil. Realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a pesquisa permite acompanhar e compreender a dinâmica do país de maneira mais precisa.

Uma das principais vantagens da Pnad Contínua é sua abrangência nacional, permitindo a obtenção de dados representativos de todo o território brasileiro. Isso possibilita identificar particularidades regionais e traçar um panorama completo das condições de vida da população em diferentes áreas do país.

A Pnad Contínua tem como objetivo fornecer informações detalhadas sobre a população brasileira, abordando diversos aspectos de sua realidade. Por meio de entrevistas realizadas em domicílios selecionados de forma amostral, a pesquisa abrange uma ampla gama de temas, como emprego, desemprego, renda, educação, saúde, habitação e outros indicadores sociais relevantes.

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