Nesta semana, o Ministério do Trabalho e Previdência informou que o Brasil criou 211,76 mil empregos formais em setembro deste ano. Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que informa a quantidade de contratações e demissões realizadas no país em cada mês.
Na comparação com o mesmo mês de 2022, o saldo de empregos formais gerados no país foi 23,8% menor. Isso porque, em setembro do ano passado, o país criou 278,02 mil postos de trabalho, número bem maior que o de setembro deste ano.
De todo modo, o resultado nacional no oitavo mês deste ano foi impulsionado por dados positivos registrados em todas as 27 unidades federativas (UFs), que fecharam o mês com mais postos formais de trabalho abertos do que fechados.
Em síntese, o estado de São Paulo continuou na liderança nacional, respondendo por 22,3% dos empregos formais criados no país em setembro de 2023.
Na verdade, o estado ocupa a primeira posição em praticamente todos os meses do ano, visto que é o estado com a maior concentração populacional do país, além de ser a maior economia estadual brasileira.
Confira abaixo os três estados que registraram a maior quantidade de vagas de trabalho criadas em setembro:
Em suma, os três estados responderam por 35% do total de vagas criadas no país, ou seja, pouco mais de um terço. Isso quer dizer que, de cada três postos de trabalho gerados no Brasil em setembro, um foi nestes três estados.
Vale destacar que todos apresentaram dados melhores que o de setembro de 2022. O maior avanço percentual foi registrado em Pernambuco (1,35%), seguido por Rio de Janeiro (0,51%) e São Paulo (0,35%).
Embora os resultados tenham crescido na base anual, não foi isso o que aconteceu na comparação mensal. Em agosto deste ano, São Paulo criou 65.462 vagas, ou seja, houve uma queda de 27,7% no número de postos de trabalho gerados no estado.
Da mesma forma, os números também perderam força no Rio de Janeiro. Contudo, a queda foi ainda mais intensa, chegando a 57,9%, já que o estado fluminense havia gerado 18.992 vagas em agosto. Naquele mês, o estado ocupou a segunda posição no ranking nacional.
A única exceção foi Pernambuco, que havia ficado em terceiro lugar em agosto, criando 15.566 vagas de trabalho. Na comparação com setembro, o número de postos gerados cresceu 21,2%, impulsionando o estado nordestino para a segunda posição nacional.
Na ponta de baixo da tabela, os estados que criaram menos vagas de trabalho no país em setembro foram:
Apesar dos número mais modestos, houve crescimento percentual em todos os três locais na comparação com setembro de 2022. A maior alta ocorreu no Amapá (1,27%), seguido por Roraima (1,00%) e Acre (0,37%).
Em relação a agosto deste ano, os números caíram apenas no Acre (-19,6%), que tinha criado 448 postos de trabalho. Por outro lado, houve crescimento tanto em Roraima (10,7%), quanto no Amapá (3,8%).
A propósito, o Espírito Santo havia ficado em último lugar no ranking nacional em agosto, registrando o menor número de vagas de trabalho criadas do país (315). Logo acima, haviam ficado Acre (448), Roraima (689) e Amapá (989). No entanto, em setembro, os estados nortistas ficaram nas últimas posições do ranking.
De acordo com os dados do Caged, todas as UFs conseguiram registrar um saldo positivo no acumulado entre janeiro e setembro de 2023. No período, o Brasil criou 1,59 milhão de empregos, número 26,6% menor que o observado no mesmo período de 2022, quando o país criou 2,17 milhões de postos de trabalho.
Entre janeiro e setembro, os estados com os maiores números de vagas criadas foram:
Os dados do Caged também mostraram que o trabalhador brasileiro ganhou mais em setembro deste ano, ao menos na base anual. No nono mês de 2023, o salário médio de admissão era de R$ 2.032,07, levemente menor que o registrado em agosto (R$ 2.040,14). Em valores reais, o trabalhador recebeu R$ 8,07 a menos na passagem mensal, dado considerado estabilidade.
Em contrapartida, o salário cresceu m relação ao valor observado em setembro de 2022 (R$ 2.045,99). A saber, os trabalhadores formais do Brasil receberam R$ 13,92 a mais que há um ano, ou seja, a diferença nem deve ter sido notada pelas pessoas.
Vale ressaltar que os dados do Caged consideram apenas os trabalhadores com carteira assinada. Em outras palavras, o levantamento não inclui os trabalhadores informais do país, que representam uma grande parcela da força de trabalho do país.
Na verdade, o Caged faz apenas um recorte do mercado de trabalho brasileiro. Por isso, estes dados apresentados pelo Ministério do Trabalho e Previdência não são comparáveis às informações levantadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (PNAD) Contínua, que mostra a taxa real de desemprego do país.