O início de todos os anos é marcado pela corrida dos pais às papelarias e livrarias do país. Isso porque essa é a época para as compras dos materiais escolares dos filhos. No entanto, esse momento costuma ser muito estressante para os responsáveis.
Em primeiro lugar, as escolas costumam pedir uma lista extensa de materiais, o que eleva os gastos nesse período do ano. Além disso, os altos preços dos itens faz muita gente repensar se realmente vale a pena adquirir o produto ou se o melhor é optar por um item mais barato.
No início deste ano, o Núcleo de Pesquisa da Escola de Proteção e Defesa do Consumidor do Procon-SP comparou os preços de diversos itens em alguns dos maiores sites do país. Diversos itens foram pesquisas, como apontador, borracha, caderno e canetas esferográfica e hidrográfica, entre outros.
No levantamento, o órgão chegou a encontrar uma variação de 381% em uma caixa de modelar. Embora esse percentual tenha se mostrado bastante elevado, outros locais do país chegaram a encontrar itens com variações ainda mais expressivas.
Por exemplo, o Procon de Fortaleza (CE) revelou que o preço dos materiais escolares chegou a variar até 515% nas livrarias e papelarias. Já em Campo Grande (MS), o preço de um mesmo produto teve uma variação impressionante de 941%.
Todas estas notícias preocupam os pais e responsáveis, que precisam buscar preços mais acessíveis. Por isso, o Procon continua alertando os consumidores para que tenham muita atenção com as variações dos preços dos produtos. Assim, poderão evitar a compra de itens mais caros, que poderiam ser adquiridos a preços bem menores.
Veja abaixo algumas dicas para economizar
Em primeiro lugar, os consumidores devem tentar reutilizar os materiais dos anos anteriores. Em síntese, muitos materiais utilizados pelos estudantes possuem uma vida útil superior a um ano letivo. Isso quer dizer que itens como estojos, tesouras e lapiseiras, por exemplo, podem ser utilizados por mais de um ano.
Os pais devem identificar os itens que estão em bom estado de conservação para que possam ser reutilizados por mais um ano.
Aliás, outros materiais que também permitem o reuso são livros didáticos e apostilas de apoio já usados. Estes itens podem ser adquiridos por preços mais acessíveis que o de materiais novos. Nesse caso, os pais também devem analisar os itens para ver se vale a pena a compra de materiais já usados, em relação ao preço de venda.
Contudo, caso os responsáveis estejam decididos em comprar materiais escolares novos, a principal recomendação é comparar os preços antes de comprar. “Não aceite preços abusivos, busque outros estabelecimentos, faça compras online, mas não pague além do que a média praticada pelo mercado”, alertou o Procon-SP.
Além disso, os pais podem optar por marcas mais baratas e em estabelecimentos com condições de pagamento mais atrativas. Para quem não sabe, há ferramentas on-line, como Buscapé e Zoom, que podem ajudar nas pesquisas com estes fatores, como especificações e preços.
Para quem está disposto a economizar ainda mais, uma grande recomendação é comprar em grande volume. Assim, os pais de vários alunos podem se reunir para comprar materiais em atacado, o que pode ser mais vantajoso.
Os responsáveis também devem buscar descontos, dependendo da forma de pagamento. A saber, vários estabelecimentos costumam dar descontos quando o pagamento é à vista. Por isso, a preparação para as compras também pode reduzir os valores dos itens.
Evite produtos com personagens
Outra recomendação para os responsáveis é evitar materiais com personagens. Como as crianças e jovens costumam querer itens com personagens de filmes, desenhos animados, jogos ou quadrinhos, estes materiais geralmente possuem preços mais altos.
Em resumo, isso acontece porque estes personagens trazem consigo o valor do licenciamento das marcas. O resultado disso é um preço mais salgado, que acaba pesando mais no bolso dos pais. Então, para evitar essa dor de cabeça, os responsáveis podem ir às compras sem levar os menores.
Um ponto muito importante é que os pais analisem criteriosamente a lista de materiais escolares. A saber, as escolas não podem exigir dos estudantes a compra de itens de uso coletivo. Além disso, as instituições não podem proibir os estudantes de participar de atividades pedagógicas devido à falta de materiais necessários para realizá-la.