O Presidente Jair Bolsonaro lançou nesta quinta-feira (11) mais um programa social. Desta vez, trata-se do Brasil Fraterno: Comida no Prato. De acordo com informações oficiais, o projeto em questão não vai fazer pagamentos em dinheiro para a população carente, ele vai apenas distribuir a comida.
A ideia aqui é fazer com que empresas doem alimentos para pessoas em situação de vulnerabilidade social. Em troca, elas poderiam ganhar isenção no Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), que é um tributo estadual. O próprio Presidente Jair Bolsonaro falou sobre o lançamento do novo projeto em questão.
De acordo com as informações oficiais, o programa em questão vai ser gerido pelo próprio Ministério da Cidadania. É portanto a mesma pasta que foi responsável pelos pagamentos do Auxílio Brasil e do Bolsa Família. Segundo o Ministro da Cidadania, João Roma, a ideia aqui é conectar empresas que querem doar com instituições que querem receber os alimentos.
“Antes do vencimento, a indústria vai lá e retira esse produto para reposição. Não pode extrapolar o vencimento. E aí se faz a logística reversa, que já é uma despesa para a indústria. Significa dar destinação a um produto que ainda está apto para consumo, pois sequer passou da data de vencimento. E a destinação é sinônimo de incineração, destruir aquele produto. Não pode nem jogar no lixo”, disse o Ministro da Cidadania, João Roma.
“Por exemplo, o pacote de bolachas. Esse pacote vai ser retirado da prateleira e, em vez de ser destinado à incineração pela logística reversa da indústria, onde tem que pagar o imposto sobre aquele item, ela vai destinar aquele produto para um dos 200 bancos de alimentos que têm no Brasil”, completou o Ministro.
Fome no Brasil
Não há dúvidas de que a fome no Brasil está aumentando consideravelmente nos últimos meses. Os principais economistas dizem que isso é resultado da alta da inflação e da falta de empregos para boa parte da população ainda.
Nas redes sociais, aliás, circulam imagens de pessoas procurando por comida no lixo. Nas capitais é possível ver fotografias e vídeos de grandes filas de indivíduos querendo entrar para o Auxílio Brasil, do Governo Federal.
Nem o Palácio do Planalto está negando a situação. Em entrevista há algumas semanas, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que reconhece que “os vulneráveis ficaram para trás”. Ele também disse que estava tentando resolver essa situação.
Auxílio Brasil
Aliás, uma dessas tentativas de resolver o problema responde pelo nome de Auxílio Brasil. De acordo com informações oficiais, o novo programa que deve substituir o antigo Bolsa Família deve entrar em cena ainda neste mês de novembro.
O que se sabe até aqui, no entanto, é que não tem vaga para todo mundo nesse novo projeto. De acordo com o Governo Federal, considerando um cenário ideal de aprovação da PEC dos Precatórios, o programa deve atender no máximo 17 milhões de pessoas.
Entende-se que neste momento no Brasil o número de indivíduos precisando de ajuda seja bem maior. De acordo com informações do próprio Ministério da Cidadania, só o Auxílio Emergencial deixou cerca de 25 milhões de brasileiros sem nada este mês.