Veja algumas das dúvidas de português mais frequentes - Notícias Concursos

Veja algumas das dúvidas de português mais frequentes

As dúvidas de português mais frequentes são aquelas que as pessoas têm mais dificuldade de absorver, ou seja, aquelas mais complexas, sobre as quais você vê todo tipo de explicação possível e, mesmo assim, não consegue entender.

A seguir, tire suas dúvidas de uma vez por todas sobre o verbo “haver”, além de entender quando usar “à medida que” ou “na medida em que”, “trago” ou “trazido” e “impresso” ou “imprimido”.

Quando o verbo “haver” não vai para o plural?

Você já deve ter se perguntado ao escrever algum texto: “aqui eu uso “havia” ou “haviam”?”. Também já deve ter escutado que esse verbo no sentido de “existir” ou “acontecer” é impessoal e, por isso, invariável, ou seja, não vai para o plural.

Mas, às vezes, essa explicação pode não ser suficiente. Para eliminar essa dúvida de uma vez por todas, é preciso entender o que é um verbo impessoal. Ele é aquele verbo que não faz concordância com nenhum sujeito, isto é, ele não pode ser atribuído a nenhuma pessoa gramatical (eu, tu, ele, nós, vós, eles).

Sendo assim, quando a dúvida com relação ao verbo “haver” surgir, identifique o que poderia ser a pessoa gramatical da oração e veja se é possível o verbo concordar com ela. Veja o seguinte exemplo: “Havia muitas vagas naquela garagem.”.

A pessoa gramatical seria “muitas vagas (elas)”, você acha que o verbo “haver” pode ser atribuído a ela? Acha que esse pode ser o sujeito do verbo? Ficaria algo como “Muitas vagas haviam naquela garagem.”, ou seja, não faz sentido. Assim, nessa situação, o verbo é impessoal, não tendo um sujeito com o qual concordar.

Essa dica é importante porque, em “Haviam muitas vagas naquela garagem.”, o erro pode até passar despercebido, mas, em “Muitas vagas haviam naquela garagem.”, fica mais claro que tem algo de errado.

Verbo “fazer”

Quando o verbo “fazer” expressa uma ideia de tempo, como em “Faz 5 anos que eu casei.”, encontramos a mesma situação do verbo “haver”, sendo impessoal. Dessa forma, não existe “fazem anos” ou “fazem horas”, pois o verbo não apresenta sujeito.

“Na medida em que” e “À medida que” são a mesma coisa?

Alguns acham que é a mesma coisa, outros acham que é só um que está correto. A verdade é que os dois existem e são corretos, porém, têm significados e usos diferentes.

Por exemplo, “à medida que” se trata de uma locução conjuntiva que pode ser substituída por “à proporção que” ou “ao passo que”. Já “na medida em que” traz uma ideia de causa, sendo sinônimo de “uma vez que”, “já que” e até “porque”. Percebeu a diferença no sentido?

“Trago” ou “trazido”, qual o correto?

Essa é outra situação em que os dois existem, porém têm diferentes usos. “Trazido” é o particípio passado do verbo “trazer”, trata-se de um passado finalizado. Portanto, o certo seria “Eu tinha trazido flores para ele.”, e não “Eu tinha trago flores para ele.”, já que “trago” é o presente do indicativo do verbo trazer, sendo seu uso correto: “Todos os dias eu trago flores para ele.”.

“Impresso” ou “imprimido”, qual o correto?

Nessa situação, uma dica que você pode aderir para não errar a maneira de usar cada um é utilizar “imprimido” com os verbos auxiliares “ter” e “haver”: “Eu tinha/havia imprimido isso ontem.”. Por outro lado, com os verbos “ser” e “estar”, utilize “impresso”: “Seu rosto está impresso na minha camiseta.”.

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