De acordo com a pesquisa realizada pela associação de consumidores Proteste, o valor mínimo da refeição composta por arroz, feijão, uma opção de proteína e salada, o chamado prato feito, conhecido como PF ou executivo, na capital paulista, foi de R$ 13,90, na região central.
Enquanto em outro bairro, por exemplo, em Santa Cecília, o valor máximo encontrado no prato feito foi de R$ 32,00. Na comparação de melhores preços, a diferença encontrada entre o mais barato e o mais caro foi de R$ 18,10, ou seja, 130% de variação.
O objetivo principal da pesquisa do Proteste foi comparar os valores das refeições nas principais regiões de São Paulo, o intuito é ajudar o consumidor a decidir qual o estabelecimento mais próximo de sua região de trabalho, estudo ou residência para realizar uma refeição mais barata.
Inflação sobre os alimentos
A inflação é um tema muito presente na preocupação dos brasileiros, no dia 11, o tema ganhou destaque depois que o governo federal anunciou que vai zerar a alíquota do imposto de importação de alguns alimentos.
Os especialistas informam que poderá ocorrer uma desaceleração daqui para frente, principalmente a partir de julho, principalmente no setor dos alimentos in natura, devido a condições climáticas desfavoráveis vistas desde o começo do ano. Os produtos alimentícios que tiveram a alíquota de importação totalmente zeradas são:
- carnes desossadas de bovino, congeladas (imposto era de 10,8%);
- pedaços de miudezas, comestíveis de galos/galinhas, congelados (imposto era de 9%);
- farinha de trigo (imposto era de 10,8%);
- outros trigos e misturas de trigo com centeio, exceto para semeadura (imposto era de 9%);
- bolachas e biscoitos, adicionados de edulcorante (imposto era de 16,2%);
- outros produtos de padaria, pastelaria, indústria de biscoitos, etc. (imposto era de 16,2%) e
- milho em grão, exceto para semeadura (imposto era de 7,2%).
No dia 3 de maio, o mercado elevou pela 16ª semana consecutiva a previsão para a inflação de 2022, agora para 7,89%, de acordo com os dados do mais recente Relatório Focus, do Banco Central.
Detalhes da pesquisa sobre o preço do prato feito
De acordo com a pesquisa, a diferença dos preços mínimo e máximo, proporcionalmente, com o valor do prato feito mais caro, seria possível fazer até duas refeições do prato mais barato e ainda sobraria uma quantia.
Segundo a associação, todos os preços foram coletados entre os dias 1 e 7 de abril de 2022. No total, foram levantados preços de 100 estabelecimentos, entre as zonas sul, norte, oeste, leste e centro da cidade de São Paulo. Ao todo, foram coletados 100 preços.
“Se essa diferença for multiplicada para os dias úteis do mês (22 dias em média para o ano de 2022), nos quais normalmente as pessoas fazem refeições fora de casa, em um mês a diferença chega a R$ 398,20. Nesta lógica, em um ano, a economia é de até R$ 4.380,20, considerando 11 meses, visto que o trabalhador tem um mês de férias no ano”, analisou a Proteste.
Além disso, os valores dentro do mesmo estabelecimento. Em um dos locais o prato mais caro custou R$ 23,90, enquanto que o mais barato foi R$13,90, ao trocar a proteína da mais cara, a carne, para a mais barata, frango. Quando avaliados os preços médios do prato feito na capital paulista, a região com a maior média é a sul (R$ 21,08), seguida da leste (R$ 20,56), centro (R$ 20,42), oeste (R$ 20,18) e norte (R$ 18,80).