Quando você pensa em um tesouro, naturalmente seu cérebro o leva a imaginar grandes baús com peças muito antigas. De fato, alguns exemplares antigos podem valer muito dinheiro no final das contas.
Entretanto, é falsa a ideia de que uma moeda precisa necessariamente ser antiga para ser considerada valiosa. Existem vários casos de exemplares recentes, que ainda estão em circulação e que podem ser vendidos por muito dinheiro neste ano de 2024.
Acredite, até mesmo algumas moedas de 10 centavos podem chegar a ser vendidas por R$ 150 cada uma. Mas para que isso aconteça, é muito importante que você preste atenção aos detalhes de cada exemplar.
As moedas de 10 centavos
As moedas de 10 centavos da segunda família do Plano Real são muito comuns no Brasil. Elas fazem parte do nosso cotidiano seja no comércio, no cofrinho ou na carteira.
De todo modo, é muito importante prestar atenção nas características principais e oficiais desses exemplares para que você consiga identificar as peças verdadeiras, e aquelas que são falsificações.
Para ajudar nesse processo de identificação, listamos abaixo um grupo com as principais características das moedas de 10 centavos da segunda família do Plano Real tomando como base as informações disponibilizadas pelo Banco Central (BC):
- Material: bronze sobre aço
- Diâmetro: 20,0 mm
- Peso: 4,80 g
- Espessura: 2,23 mm
- Bordo: serrilhado
- Eixo: reverso moeda (EH) ?
- Circulação: de 01/07/1998 a atual
- Desenho do Anverso: Efígie de D. Pedro I – proclamador da Independência, primeiro imperador do Brasil -, ladeada pelo dístico Brasil e por cena alusiva à proclamação da independência política do País, ocorrida em 7 de setembro de 1822, em São Paulo, às margens do ribeirão Ipiranga.
- Desenho do Reverso: À esquerda, linhas diagonais de fundo dão destaque ao dístico correspondente ao valor facial, seguido dos dísticos centavos e o correspondente ao ano de cunhagem.
Dom Pedro I
Uma das principais curiosidades sobre a moeda de 10 centavos da segunda família do Plano Real é que ela conta com a representação de uma das figuras mais conhecidas da história do Brasil: Dom Pedro I. Ele foi um dos principais condutores do país no processo de Independência da Coroa Portuguesa.
De acordo com historiadores, Dom Pedro I foi muito criticado pelo seu autoritarismo, o que motivou o seu divórcio com as elites brasileiras. No meio da crise, ele renunciou ao trono em 1831 e voltou a Portugal.
Valores das moedas
Mas afinal de contas, quanto valem as moedas de 10 centavos da segunda família do Plano Real? Como dito, uma peça não precisa necessariamente ser antiga para ser considerada valiosa.
A moeda de 10 centavos do ano de 2022 pode chegar a ser vendida por R$ 150. Este é o maior valor entre todas as peças de 10 centavos catalogadas com essa característica específica.
Mas para que essa peça seja considerada valiosa é preciso que o exemplar conte com uma característica específica conhecida no meio da numismática como reverso invertido. Caso a sua moeda conte essa indicação, estes são os valores projetados pelos catálogos numismáticos mais atualizados:
O que é uma moeda reverso invertido?
Mas afinal de contas, o que seria uma moeda com reverso invertido? Para entender esta pergunta, é necessário saber que o Brasil adota um sistema de padrão reverso moeda, ou seja, eixo horizontal (EH). As moedas que fogem deste padrão exigido são conhecidas como reverso invertido, e são consideradas muito raras.
Basicamente, as moedas com reverso invertido são aquelas que possuem o reverso com alinhamento contrário ou invertido ao alinhamento original. Na prática, para saber se uma moeda tem este defeito, basta segurar a peça com a face em posição normal virada para você. Logo depois, basta girar de baixo para cima.
Se o outro lado estiver de cabeça para baixo, estamos falando de uma moeda com reverso invertido, ou seja, uma peça valiosa. Vale frisar que qualquer item pode ser reverso invertido. Até mesmo centavos podem ter este tipo de defeito. Em todos os casos, a peça poderá valer mais.
“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry.