A cesta de consumo ficou mais barata em cinco dos oito locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) em fevereiro . Significa dizer que os brasileiros conseguiram economizar um pouco nas idas para o supermercado, ao menos na maioria das regiões pesquisadas.
Em resumo, o levantamento revela o valor da cesta de consumo básico em oito cidades brasileiras. Aliás, os dados fazem parte da plataforma Cesta de Consumo HORUS/ FGV Ibre e foram divulgados nesta segunda-feira (13) pela FGV.
As variações positivas foram registrada em Manaus (+0,9%), São Paulo (+0,7%) e Rio de Janeiro (+0,1%), mas todas elas foram bem tímidas. Em outras palavras, os brasileiros que residem nestas regiões não devem ter sentido o aumento dos preços, no geral.
Já nos cinco locais restantes os preços dos alimentos básicos recuaram em fevereiro, puxando o valor da cesta básica para baixo. De acordo com o levantamento, o recuo mais intenso foi registrado em Belo Horizonte (-6,5%). Em seguida, ficaram Curitiba (-3,4%), Fortaleza (-1,3%), Brasília (-0,3%) e Salvador (-0,2%).
Após o acréscimo destes resultados, o ranking nacional teve apenas uma mudança. Contudo, o primeiro lugar continuou com o Rio de Janeiro, que seguiu com a cesta de consumo básico mais cara do país.
Confira abaixo o valor da cesta em cada local pesquisado:
- Rio de Janeiro: R$ 875,36
- São Paulo: R$ 857,01
- Fortaleza: R$ 763,15
- Brasília: R$ 752,18
- Salvador: R$ 721,36
- Curitiba: R$ 706,19
- Manaus: R$ 689,04
- Belo Horizonte: R$ 625,48
Na comparação com janeiro, apenas duas cidades mudaram de posição. Em suma, Brasília, que tinha a quinta cesta mais cara do país no primeiro mês de 2023, caiu para a sexta posição, enquanto Salvador fez o movimento inverso e passou do sexto para o quinto lugar.
Veja o valor da cesta nos locais pesquisados
A pesquisa da FGV também revelou o valor da cesta de consumo ampliada nos oito locais pesquisados. Nesse caso, os preços caíram em apenas duas cidades: Belo Horizonte (-4,5%) e Curitiba (-2,4%). Vale destacar que estas foram as únicas capitais cujas variações ficaram negativas no mês passado, tanto em relação à cesta de consumo básico quanto à cesta ampliada
Em contrapartida, cinco locais registraram alta dos preços em fevereiro: Salvador (+3,6%), Rio de Janeiro (+3,1%), São Paulo (+2,7%), Manaus (+2,6%) e Brasília (+1,0%). Já em Fortaleza, os preços se mantiveram estáveis em relação a janeiro.
Após essas variações, as cestas de consumo ampliadas atingiram os seguintes valores em fevereiro:
- São Paulo: R$ 1.919,36
- Rio de Janeiro: R$ 1.903,93
- Brasília: R$ 1.825,33
- Fortaleza: R$ 1.683,04
- Curitiba: R$ 1.663,63
- Salvador: R$ 1.658,61
- Belo Horizonte: R$ 1.641,41
- Manaus: R$ 1.458,91
Na passagem de janeiro para fevereiro, a principal mudança que ocorreu foi de Belo Horizonte, que caiu três posições na lista, passando do quarto para o sétimo lugar. Em suma, Curitiba se manteve na quinta posição, enquanto Fortaleza subiu do sexto para o quarto lugar e Salvador da sétima para a sexta posição. Essas três capitais ultrapassaram Belo Horizonte no mês.
Itens impulsionam cesta de consumo
Em fevereiro, alguns itens exerceram fortes impactos no valor da cesta de consumo no país, mas quem se destacou foi o ovo. A saber, entre os 18 itens pesquisados pelo FGV Ibre, apenas o ovo ficou mais caro nas oito cidades do levantamento, com as altas oscilando entre 0,5%, em Manaus, e 4,7%, em Fortaleza. Segundo o Dieese, o aumento no custo de produção e alimentação das aves encareceu o item no mês.
Os preços das frutas também subiram em todos os locais, exceto em Belo Horizonte (-0,3%). Da mesma forma, a farinha de mandioca fechou o mês em alta em sete cidades, com exceção também da capital mineira (-1,2%). Em ambos os casos, a piora das condições climáticas ajudou a elevar o preço dos itens no país.
O leite seguiu a mesma trajetória, ficando mais caro em sete capitais, com exceção de Fortaleza (-1,5%). Isso também aconteceu com o feijão, cujo preços só caíram em Belo Horizonte (-0,9%) e Belo Horizonte (+0,0%).
Por outro lado, os legumes foram os alimentos que mais caíram no mês passado. As quedas oscilaram entre 1,3%, em Curitiba, e 8,1%, em São Paulo. Os preços só subiram em Brasília (+3,9%). O óleo de soja também caiu em sete locais pesquisados, com exceção do Rio de Janeiro, que apresentou alta de 0,6%, e Curitiba, onde os valores se mantiveram estáveis.
Por fim, os preços de bovino, suíno e frango caíram em cinco das oito capitais pesquisadas em fevereiro. Em síntese, essas quedas ajudaram os consumidores, que conseguiram comprar os alimentos com um pouco menos de dificuldades no mês passado.