Se você está pensando em enviar aquela lembrança para um amigo ou parente nos Estados Unidos, prepare-se para mudar seus planos. Os Correios anunciaram no final de agosto de 2025 a suspensão temporária de envios de mercadorias, amostras e presentes para os EUA e Porto Rico.
A mudança pegou muita gente de surpresa, e não faz distinção entre pessoas físicas ou jurídicas, valor da remessa, tipo de produto ou serviço postal utilizado. Basta ter um destino americano para o pacote ficar retido no Brasil.
Continue acompanhando a leitura e entenda o motivo da suspensão dos envios.
Entenda por que os envios dos Correios para os EUA estão suspensos
O governo norte-americano, sob liderança de Donald Trump, mirava inicialmente nos pacotes da China e Hong Kong na tentativa de barrar plataformas como Shein e Temu, mas a regra foi estendida a todos os países. Assim, até mesmo presentes ou amostras enviados por brasileiros ficaram impossibilitados de circular.
Quais tipos de envios foram suspensos?
A suspensão cobre todas as mercadorias, sem exceção: presentes, roupas, eletrônicos, livros, e até amostras e produtos adquiridos por lojas. Vale reforçar que isso se aplica tanto ao CPF quanto ao CNPJ.
E quanto ao envio de documentos?
Os envios de documentos — passaporte, certidões, cartas e afins — seguem ativos pelos serviços Documento Internacional Expresso e Documento Internacional Standard. Ou seja, apenas aquela papelada importante consegue atravessar o Atlântico pelas mãos dos Correios por enquanto.
Como ficam as entregas internacionais depois das mudanças?
A nova exigência dos Estados Unidos vai além dos impostos: agora, todos os tributos sobre encomendas devem ser pagos pelo remetente no momento do envio, no Brasil. Essa cobrança antecipada pegou tanto empresas quanto consumidores de surpresa.
De acordo com os Correios, o modelo não pôde ser implementado rapidamente, principalmente porque a maioria das companhias aéreas parceiras se recusou a transportar remessas sob as novas regras.
Imagem: Canva
Mais de 80 operadores postais mundiais seguiram a suspensão, seja pela imposição logística seja pela falta de clareza nas obrigações tributárias americanas.
Outro ponto interessante é que, atualmente, só uma empresa aérea aceita transportar documentos para os EUA, enquanto a estatal brasileira emite comunicados, afirmando estar em busca de acordos, inclusive com a União Postal Universal (UPU), para retomar as postagens o mais rápido possível.
Alternativas à suspensão: empresas privadas continuam operando normalmente
Se mandar aquela lembrança para a família está proibido pelos Correios, empresas privadas de logística já se adaptaram ao novo cenário americano. FedEx, DHL e UPS garantem que continuam operando envios normalmente, desde que se cumpra o recolhimento antecipado de tributos exigido pelo governo dos EUA.
O que dizem as empresas privadas de logística?
A FedEx publicou uma nota afirmando que suas remessas para os Estados Unidos seguem sendo aceitas e entregues, sem prejuízo aos clientes. A DHL reforçou o compromisso de orientar seus clientes sobre desembaraço aduaneiro e os processos de entrega. Já a UPS informou que oferece soluções especializadas para pequenos envios, consolidação de carga, armazenagem e assessoria aduaneira.
O que esperar dos Correios nos próximos meses?
De acordo com comunicados oficiais, há negociações em andamento para restabelecer o serviço. Os Correios informaram que trabalham em parceria com companhias aéreas e com a União Postal Universal em busca de soluções viáveis para atender às exigências dos Estados Unidos — mas, até a publicação deste texto, não existe prazo para a normalização.
Enquanto isso, consumidores devem considerar alternativas logísticas e acompanhar os próximos desdobramentos nos canais oficiais. Caso precise enviar documentos, esses seguem disponíveis para despacho, muito embora a orientação atual é de cautela e observação das atualizações frequentes no serviço internacional.
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Perguntas frequentes
- O que motivou a suspensão dos envios pelos Correios para os Estados Unidos? A suspensão ocorreu devido às novas exigências tributárias americanas e à obrigatoriedade do pagamento antecipado de impostos.
- Envios de documentos continuam sendo realizados? Sim, apenas envios de documentos seguem ativos, utilizando serviços específicos dos Correios.
- Empresas privadas continuam enviando mercadorias para os EUA? Sim, FedEx, DHL e UPS continuam operando com recolhimento antecipado de tributos.
- Quem é afetado pela suspensão? Tanto pessoas físicas quanto jurídicas, independentemente do valor do envio.
- Quando os Correios pretendem retomar os envios? A estatal afirma que está trabalhando para retomar o serviço o mais breve possível, mas não há data definida.
- Por que só os Correios suspenderam os envios para os EUA? Outros operadores postais do mundo também suspenderam, devido à complexidade das novas exigências americanas.
- O que é o “de minimis” dos Estados Unidos? Era a isenção de cobrança de tributos para pacotes até US$ 800, que foi revogada em 2025.
- A suspensão também afeta envios para Porto Rico? Sim, Porto Rico está incluído na suspensão.
- Como enviar presentes para os EUA durante a suspensão? Utilizando empresas privadas de logística, mediante pagamento antecipado de impostos.
- A suspensão pode ser prorrogada? Depende das negociações entre Correios e autoridades americanas; até o momento, não há previsão oficial para retomada.











