Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, anunciou nesta quarta (13) durante evento em Manaus que um avião parte hoje com destino à Índia para buscar 2 milhões de doses prontas da vacina de Oxford fabricadas pelo Instituto Serum. Desenvolvida em parceria com a farmacêutica AstraZeneca e fabricada no Brasil pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), a vacina já teve o pedido de uso emergencial encaminhado à Anvisa na última sexta (07).
Como a fabricação da vacina de Oxford em território nacional pela Fiocruz só começa no dia 20 de janeiro, data mais otimista para o começo da vacinação no Brasil, o governo federal comprou 2 milhões de doses prontas do imunizante, para dar tempo de utilizá-lo já no mês de janeiro, quando membros do grupo de risco (profissionais da saúde, idosos, quilombolas e indígenas) receberão as primeiras doses, caso a vacina seja aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
“Vamos vacinar em janeiro. Hoje decola o avião para ir buscar 2 milhões de doses na Índia. É o tempo de viajar, apanhar e trazer. Já está com o documento de exportação pronto.”, afirmou Pazuello.
Vacinação começa em janeiro no Brasil
Durante o evento em Manaus, Pazuello voltou a afirmar que o Plano Nacional de Imunização contra Covid-19 prevê o início da vacinação no Brasil ainda para o mês de janeiro. A data depende apenas do aval da Anvisa para o uso emergencial da vacina de Oxford ou da CoronaVac, que estão em análise desde a última sexta (07). A previsão é de que todos os estados recebam as doses da vacina aprovada ao mesmo tempo.
“Nós temos duas vacinas para janeiro muito promissoras, todos acompanham, a vacina da Fiocruz/AstraZeneca e a do Butantan com Sinovac. São 8 milhões de doses. Quando a Anvisa concluir suas análises de segurança e eficácia, três, quatro dias depois nós estamos distribuindo a vacina no Brasil.”, disse o ministro.
Segundo a Anvisa, a decisão sobre a aprovação do uso emergencial de uma das vacinas contra Covid-19 acontecerá neste domingo (17) em reunião da diretoria colegiada da agência. Inicialmente, a previsão era para a decisão sair até segunda (18), dez dias após o envio dos pedidos do Butantan e da Fiocruz.
“A Anvisa vai se pronunciar no dia 17. Botem aí os números para frente. Se a Anvisa alongar para o dia 20, 22, botem os números para frente, mas é janeiro ( a vacinação)”, afirmou Pazuello.
O ministro da Saúde também fez questão de frisar que o Brasil é referência mundial em campanhas de imunização, pois aplica 300 milhões de doses de outras vacinas anualmente.