A vacina contra a dengue tem previsão de estar disponível para os consumidores a partir desta semana. O imunizante estará acessível em clínicas particulares a partir do dia 1º de julho.
Conforme comunicado divulgado pela Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC), o valor da vacina contra a dengue, chamada “Qdenga (TAK-003)” irá variar, com valores de R$ 350,00 até R$ 500,00 para os consumidores, dependendo do estado. Em São Paulo, o preço máximo será de R$ 379,40.
“A composição do preço final por parte das clínicas deve levar em consideração esse parâmetro. Ele também engloba o atendimento, a triagem, a análise do histórico de vacinação, as orientações pré e pós-vacinação, além de todo o suporte necessário para que os pacientes obtenham informações adequadas sobre a vacinação“, diz o comunicado.
Aprovação da vacina contra a dengue pela Anvisa
Em março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu o registro da nova vacina. Assim, permite sua aplicação em pessoas com idades entre 4 e 60 anos. A vacina pode ser administrada tanto como medida preventiva quanto em indivíduos que já tiveram dengue anteriormente.
“A QDENGA® é a única vacina contra a dengue aprovada no Brasil para uso em indivíduos independentemente da exposição prévia ao vírus. Também não tem a necessidade de teste pré-vacinação“, afirma a empresa farmacêutica japonesa Takeda Pharma.
A vacina consiste em quatro sorotipos do vírus e é administrada em um esquema de duas doses, com um intervalo de três meses entre elas. A avaliação clínica do imunizante demonstrou uma eficácia de 80,2% contra a dengue. A proteção proporcionada pela vacina dura 12 meses após a administração das doses.
De acordo com o laboratório responsável pelo desenvolvimento da vacina contra a dengue, “a aprovação do imunizante foi baseada em resultados de 19 estudos de fases 1, 2 e 3, envolvendo mais de 28.000 crianças e adultos. Ademais, inclui um estudo de grande relevância com acompanhamento de dados clínicos por quatro anos e meio. Até o momento demonstra eficácia sustentada e ausência de riscos significativos à segurança.”
Como se prevenir contra o vírus da dengue
A dengue é uma doença transmitida pela picada do mosquito Aedes Aegypti. A melhor forma de prevenção é evitar a proliferação do mosquito, eliminando água armazenada que pode se tornar possíveis criadouros, como:
- Vasos de plantas;
- Lagões de água;
- Pneus;
- Garrafas plásticas;
- Piscinas sem uso e sem manutenção;
- Recipientes pequenos, como tampas de garrafas.
Algumas medidas que podem ser adotadas para prevenir a dengue são:
- Eliminar focos de água parada – Objetos que acumulem água parada, como pneus, garrafas e plantas, devem ser eliminados;
- Usar repelente – O uso de repelente é recomendado para evitar a picada do mosquito;
- Usar roupas compridas – Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos, podem ser uma das medidas adotadas, principalmente durante surtos;
- Colocar telas em janelas e portas – Telas em janelas e portas podem ajudar a impedir a entrada do mosquito em ambientes fechados;
- Aplicar larvicidas – É importante aplicar larvicidas nos locais que são focos de água parada, sendo importante que essa aplicação seja feita por profissionais capacitados;
- Cobrir caixas d’água – Caixas d’água devem ser cobertas para evitar que o mosquito deposite seus ovos na água.
Sintomas da dengue
A dengue é uma doença infecciosa viral que pode apresentar três formas clínicas: dengue clássica, dengue com sinais de alarme e dengue grave. A maioria das infecções é assintomática, mas quando surgem, os sintomas costumam evoluir em obediência a essas três formas clínicas.
Os principais sintomas da dengue clássica são: febre alta (>38°C), dor de cabeça, prostração, dores musculares, nas juntas e atrás dos olhos, e vermelhidão no corpo (exantema). A dengue com sinais de alarme é mais grave e pode apresentar:
- Febre alta;
- Dor de cabeça;
- Dor atrás dos olhos;
- Náuseas;
- Vômitos;
- Tonturas;
- Dor abdominal intensa e contínua;
- Entre outros sintomas.
A dengue grave é rara, mas pode levar à morte, se não houver atendimento rápido e especializado. É caracterizada por alterações da coagulação sanguínea, choque e comprometimento de órgãos. Os sintomas duram em média sete dias, dependendo do estado de saúde do paciente antes de adoecer.