Optar por se formalizar como Microempreendedor Individual (MEI) representa uma decisão de suma importância, que oferece inúmeros benefícios aos empresários.
Entretanto, é importante que os empreendedores estejam plenamente cientes das regulamentações vigentes, a fim de evitar consequências desfavoráveis.
É com base nesse princípio que surge a preocupação de que milhares de trabalhadores que são MEI possam enfrentar a exclusão de seu registro.
Um ponto crucial a se destacar é que empreendedores que apresentem pendências financeiras junto à Receita Federal ou à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) estão sujeitos a serem desenquadrados do regime Simples Nacional, com vigência desde o primeiro dia de setembro.
Portanto, além de reconhecer a relevância da formalização como MEI, é essencial que os empresários estejam atentos às obrigações fiscais e tributárias associadas ao seu empreendimento.
Isso inclui o pagamento de impostos e a regularização de quaisquer débitos pendentes para evitar a exclusão do Simples Nacional, um regime tributário que oferece benefícios substanciais para pequenos negócios.
Continue a leitura para saber mais sobre esse processo que já está acontecendo.
Trabalhadores estão sujeitos a terem o cadastro MEI cancelado
Antes de tudo, é importante destacar que, os empresários MEI que possuem pendências financeiras estão sujeitos a receber o chamado “Termo de Exclusão do Simples Nacional”. Esse documento formaliza a saída do regime tributário simplificado.
Importante ressaltar que, embora o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) da empresa seja mantido, a organização precisará realizar a transição para o regime de tributação pelo Lucro Real ou Lucro Presumido.
No caso específico dos Microempreendedores Individuais (MEI) que deixarem de apresentar a DASN-Simei (Declaração Anual do Simples Nacional para o Microempreendedor Individual) por um período superior a 90 dias, seu CNPJ poderá ser considerado inapto.
É fundamental estar ciente de que a inaptidão do cadastro impede o funcionamento regular do negócio, o que pode acarretar em problemas legais e dificuldades para retomar as atividades comerciais.
Portanto, é crucial que todos os empreendedores mantenham suas obrigações fiscais em dia e estejam atentos aos prazos e documentos exigidos para evitar complicações tributárias no futuro.
O que fazer quando o MEI for cancelado?
Profissionais que têm seus CNPJs cancelados podem enfrentar uma série de consequências que podem impactar suas atividades comerciais de maneira significativa.
Algumas das implicações desse cancelamento incluem restrições à emissão de notas fiscais e licenças, bem como o possível cancelamento de alvarás que autorizam o funcionamento de suas empresas como MEI.
Além disso, é importante destacar que as dívidas da empresa podem ser transferidas para o CPF do empreendedor, o que pode resultar em problemas financeiros pessoais.
Para verificar se há dívidas em aberto, existem duas opções disponíveis para os empreendedores:
- PGMEI (Programa Gerador do DAS para o MEI): Este é um sistema eletrônico que permite aos empresários declarar seus impostos. Para verificar pendências, basta acessar a opção “Consulta Extrato/Pendências” no PGMEI;
- Aplicativo MEI: Disponível para dispositivos Android e iOS, este aplicativo oferece uma maneira conveniente de acessar informações sobre o status financeiro de sua empresa. Através do aplicativo, é possível emitir os documentos necessários para quitar quaisquer débitos pendentes diretamente na declaração do DASN-Simei.
Em resumo, manter-se em dia com as obrigações fiscais é fundamental para a saúde financeira de qualquer empreendimento.
Portanto, é altamente recomendável que os empresários verifiquem regularmente seu status como MEI. E, se necessário, tomem medidas para resolver quaisquer pendências financeiras o mais rápido possível.
Você pode se interessar em ler também:
Vantagens garantidas após a regularização
Por fim, vale pontuar que, aqueles que optam por regularizar sua situação desfrutam de uma série de vantagens essenciais:
- Manutenção no Simples Nacional e Enquadramento no MEI: Ao regularizar-se, é possível preservar sua inscrição no Simples Nacional e permanecer enquadrado como Microempreendedor Individual (MEI). Assim, como sabemos, garante-se os benefícios fiscais e simplifica a gestão tributária;
- Seguridade no INSS: Ao continuar como segurado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), você garante acesso a benefícios cruciais. Como por exemplo, o auxílio-doença e aposentadoria, que são fundamentais para sua segurança financeira e bem-estar a longo prazo;
- Evita Processos Judiciais por Débitos: A regularização evita a incômoda e onerosa situação de enfrentar cobranças judiciais relacionadas a débitos em atraso. Afinal, são situações que podem prejudicar a reputação da sua empresa e afetar suas finanças;
- Facilita o Acesso a Recursos Financeiros: Estar em conformidade abre portas para facilidades como financiamentos e empréstimos, além de simplificar a abertura de contas bancárias em nome da sua empresa. Isso fortalece sua capacidade financeira e possibilita investimentos e crescimento sustentável;
- Debitação de Valores Fixos pelo PGMEI: A regularização do cadastro MEI também permite que você apure seus débitos de forma mais previsível. Isso através dos valores fixos definidos pelo Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional – PGMEI. Isso proporciona maior controle sobre suas obrigações fiscais.