É notável como a categoria de Microempreendedores Individuais (MEI) teve um crescimento significante. Para se ter uma ideia mais concreta dessa realidade, segundo dados do Ministério da Economia, cerca de 70% das empresas em funcionamento no Brasil são representadas por eles. Dessa forma, o governo tem estabelecido novas taxas para MEIs.
Vale contextualizar que, essa expansão foi ainda mais notável durante a pandemia, quando muitas pessoas buscaram alternativas de renda e empreendedorismo diante dos desafios econômicos enfrentados.
Assim, diante disso, tornou-se ainda mais crucial que o Governo Federal direcionasse sua atenção para essa categoria de trabalhadores de forma mais criteriosa.
Quer entender melhor sobre a implementação de novas taxas para MEIs e como isso vai afetar essa categoria? Esse texto com certeza vai ajudar. Organizamos aqui muitas informações para esclarecer várias dúvidas relacionadas.
Quais são as novas taxas para MEIs?
O Governo Federal está atualmente empenhado em analisar e implementar novas regulamentações que afetarão todos os cidadãos envolvidos em trabalhos informais, isto é, sem registro na CTPS.
Dessa forma, essas mudanças também se aplicam aos trabalhadores autônomos registrados como Microempreendedores Individuais (MEI), sendo parte de um novo processo de verificação e alterações promovido pelo governo.
Assim, a Receita Federal emitiu um importante alerta aos trabalhadores dessa categoria para informar sobre as recentes mudanças nos impostos decorrentes ao reajuste da seguridade social.
Essa modificação foi estabelecida pela Medida Provisória nº 1172, a qual também definiu o novo valor do salário mínimo.
O objetivo desse comunicado é garantir que os MEIs estejam cientes das alterações nas obrigações tributárias e possam se preparar adequadamente para o cumprimento dessas responsabilidades.
O Órgão Federal ressalta a importância de estar em conformidade com a legislação e alerta que o não cumprimento das obrigações pode acarretar penalidades e sanções.
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Atualizações nos valores de arrecadação do MEI
Antes de tudo, é importante ressaltar que certos serviços requerem o pagamento de taxas específicas para garantir seu funcionamento dentro da legalidade.
Duas das taxas mais conhecidas nesse contexto são o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
Esses impostos já possuíam valores pré-determinados mas, como mencionamos, devido ao aumento no salário mínimo, os valores das taxas cobradas por esses serviços também sofreram um reajuste.
Afinal, isso ocorre porque o salário mínimo é utilizado como referência para diversas obrigações trabalhistas e fiscais, e seu reajuste afeta indiretamente a economia como um todo.
Valores tributários atualizados
A Receita Federal anunciou as novas taxas para MEIs a serem pagos por todos os trabalhadores dessa categoria do país. Veja abaixo os valores atualizados para o ISS e o ICMS:
- Para MEIs que prestam serviços e são contribuintes do ICMS, o valor é de R$67,00;
- Para MEIs que prestam serviços e são contribuintes do ISS, o valor é de R$71,00;
- Já para MEIs que prestam serviços e são contribuintes tanto do ISS quanto do ICMS, o valor é de R$72,00.
Adicionalmente, é importante destacar que os Microempreendedores Individuais (MEIs) estão sujeitos ao pagamento de outras obrigações tributárias, além das contribuições mensais fixas.
É fundamental salientar que a apuração e recolhimento dessas taxas seguem o regime de competência. Ou seja, significa que as novas obrigações tributárias serão calculadas a partir de junho.
Dessa forma, a partir desse mês, os MEIs terão a possibilidade de emitir os Documentos de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) referentes aos períodos de maio a dezembro, contemplando o pagamento dessas novas taxas.
Observações sobre as novas taxas para MEIs
Além disso, se você é um MEI que trabalha como Transportadores Autônomos de Cargas também deve estar ciente de outras mudanças.
Com a implementação da Medida Provisória nº 1172, a parcela destinada ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) também aumentou.
Dessa forma, será de R$ 158,40, o que corresponde a 12% do salário mínimo atual. Todavia, é importante ressaltar que essas contribuições para a seguridade social oferecem benefícios significativos aos trabalhadores.
Como por exemplo, acesso a serviços de saúde, aposentadoria, auxílio-doença e outros amparos em momentos de necessidade.
Portanto, embora represente um aumento nos custos, é fundamental reconhecer a importância dessas contribuições para a proteção social e a segurança financeira a longo prazo.