A General Motors (GM) anunciou ontem, 28 de junho, que estará suspendendo um turno de suas fábricas em São José dos Campos e Mogi das Cruzes, localizadas em São Paulo, a partir do dia 3 de julho.
Com isso, essa medida afetará aproximadamente 1.200 trabalhadores, resultando em um único turno de produção.
A suspensão parcial dos contratos dos funcionários, conhecida como layoff, foi aprovada pelos empregados e um acordo foi fechado com o sindicato dos metalúrgicos de cada unidade.
A decisão de suspender um turno nas fábricas da GM é uma resposta às condições atuais do mercado e às demandas flutuantes dos consumidores.
Assim, a empresa tem como objetivo ajustar sua produção de acordo com a demanda, garantindo uma operação mais eficiente e sustentável.
A suspensão afetará especificamente a produção da picape S10 e do utilitário esportivo TrailBlazer, modelos populares no mercado brasileiro.
Porém, a empresa continuará monitorando de perto as condições do mercado e tomará as medidas necessárias para se adaptar às mudanças na demanda.
Quer entender melhor sobre esse processo? Então, continue a leitura com a gente!
Como vai funcionar o layoff da GM?
O acordo estabelece que os trabalhadores em layoff receberão 100% do seu salário líquido durante o período de suspensão dos contratos.
Dessa forma, para garantir esse pagamento, uma parte será coberta pelos recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), enquanto o restante será depositado diretamente pela GM.
Devido à suspensão dos contratos e à consequente falta de recolhimento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), foi acordado também que a GM compensará os trabalhadores com um adicional de 8% sobre o salário.
Outro aspecto importante é que os trabalhadores em layoff não sofrerão dedução do Imposto de Renda sobre seus salários. Isso significa que o valor total acordado será recebido pelos trabalhadores, sem descontos referentes ao imposto.
Essa isenção é aplicada especificamente durante esse período, aliviando a carga financeira dos funcionários afetados.
Outras observações
Além disso, os operários não terão alterações no período de férias. A General Motors (GM) comprometeu-se a assegurar o pagamento integral do 13º salário a todos os funcionários.
Da mesma forma a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e o reajuste salarial na data-base da categoria, que ocorre em 1º de setembro.
Os operários também terão acesso aos benefícios de vale-alimentação e plano de saúde, os quais serão mantidos durante esse período.
Por fim, em conformidade com a legislação brasileira vigente durante um layoff, os operários são requeridos a participar de cursos de requalificação.
No caso dos metalúrgicos da GM, esses cursos serão ministrados de forma online. Portanto, o acordo inclui uma ajuda de custo para cobrir os gastos mensais com internet durante o período de suspensão dos contratos.
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Além da GM, a Volkswagen também suspendeu atividades
Antes de tudo, vale mencionar que, apesar do programa do governo federal para reduzir os custos dos automóveis, as paralisações nas montadoras continuam a acontecer.
Por isso, esse cenário tem afetado diversas empresas. Assim, além da GM, a Volkswagen anunciou essa semana que irá suspender temporariamente a produção em três de suas plantas no Brasil.
A fábrica localizada em São José dos Pinhais (PR), responsável pela produção do T-Cross, já está em regime de layoff desde o dia 5 de junho, com previsão de duração entre dois e cinco meses.
O segundo turno também será paralisado nesta semana, entre os dias 26 e 30, adotando o regime de banco de horas.
Na fábrica de Taubaté (SP), onde são fabricados o Polo Track e o Novo Polo, ambos os turnos foram interrompidos e permanecerão assim até a próxima segunda-feira, dia 3, utilizando o regime de banco de horas.
Na unidade localizada em São Bernardo do Campo (SP), a empresa requereu férias coletivas de dez dias para os dois turnos, a partir de 10 de julho. Nessa fábrica, são fabricados o Novo Virtus, o Novo Polo, além do Nivus e a Saveiro.
Em conclusão, tanto a GM quanto a Volkswagen, adotaram essas medidas como resposta à desaceleração do mercado, visando ajustar a produção de acordo com a demanda atual.
Dessa forma, espera-se que essas ações temporárias ajudem a equilibrar a oferta e a demanda, garantindo assim a sustentabilidade de suas operações no Brasil.