A escassez de cédulas de dinheiro no país os pagamentos do auxílio emergencial de R$ 600 a trabalhadores informais.
Para suprir a demanda, o Banco Central solicitou que a Casa da Moeda antecipe a produção de R$ 9 bilhões em cédulas e moedas até o fim deste mês.
Segundo a autoridade monetária, o valor corresponde ao adiantamento, mas a quantidade de dinheiro em circulação contará ainda com a produção normal já programada.
No início do mês de abril, o governo informou que os repasses da segunda parcela do auxílio aconteceriam nos dias 27, 28, 29 e 30 do mesmo mês. No entanto, o atraso já ultrapassa duas semanas. Apesar de o crédito orçamentário já ter sido liberado, há risco de faltar cédulas nos bancos para os saques feitos pelos beneficiários.
Os balanços diários divulgados pela Caixa mostram que não há novos repasses no programa desde o início de maio. Até o momento, o governo não apresentou um novo cronograma, e o Ministério da Cidadania, responsável pelo programa, não apresentou previsão para os pagamentos.
Do início deste mês até agora, o número de beneficiados pelo auxílio permanece inalterado em 50 milhões de pessoas. O valor dos valores creditados nas contas está parado em R$ 35,5 bilhões.
Bancos e operadores do auxílio fizeram uma série de reuniões no Ministério da Cidadania ao longo desta semana. A informação obtida é que o problema não está relacionado a uma falta de orçamento do governo, mas que o principal entrave seria a falta de papel-moeda. Até o momento, já foram liberados pelo governo aproximadamente R$ 124 bilhões para a execução do programa.
A Caixa afirma que aguarda a divulgação do calendário pelo governo federal para o pagamento da segunda parcela. “As medidas que serão adotadas para o atendimento ao beneficiário do auxílio emergencial serão divulgadas oportunamente”, afirmou.
Nesta quinta-feira, 14 de maio, a Caixa Econômica Federal (CEF) completa nada menos que duas semanas sem liberar novos créditos do auxílio emergencial no valor de R$600, pago durante pandemia do novo coronavírus. De acordo com informações do banco, até o último levantamento, foram pagos R$ 35,5 bilhões a 50 milhões de brasileiros (mesmos números informados desde 30 de abril).
No entanto, milhões de brasileiros ainda seguem no aguardo do benefício da primeira parcela do auxílio emergencial. Além disso, não sabem quando irão receber. Somado a isso, há toda uma expectativa para o pagamento da segunda parcela do auxílio.
Acontece que mesmo para os que já tiveram a primeira parcela do auxílio liberada, a segunda e a terceira ainda seguem indefinida. Até ontem, quarta-feira (13), a Caixa e Ministério da Cidadania ainda não haviam divulgado o aguardado calendário de pagamentos as duas parcelas restantes.
Até o momento, apenas os trabalhadores que já são beneficiários do Bolsa Família têm data para receber. Isso porque o os pagamentos seguem o calendário padrão do benefício.
Primeiramente, o início do pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial estava previsto para o dia 27 de abril. O governo ainda chegou a antecipar para o dia 23. No entanto, o governo optou por cancelar a antecipação.
De acordo com nota divulgado pelo governo, por fatores legais e orçamentários e pelo alto número de solicitantes que ainda estavam em análise, o ministério ficou impedido legalmente de fazer a antecipação da segunda parcela do auxílio.
Na segunda-feira (11), o vice-presidente de varejo da Caixa Econômica Federal (CEF), Paulo Henrique Angelo, revelou que o banco aguardava apenas o governo federal divulgar o novo calendário do auxílio emergencial de R$600 para que o banco fazer o detalhamento com datas de pagamento das próximas parcelas.
“Quanto ao calendário, esta divulgação será feita pelo governo federal. A Caixa aguarda essa divulgação para aí sim passar detalhes operacionais deste pagamento”, disse.
A Caixa informou que aguarda a divulgação do calendário das próximas parcelas do auxílio emergencial pelo Governo Federal. Segundo o banco, é necessário que um novo lote de cadastros pela Dataprev seja enviado.
“A Caixa esclarece que a responsabilidade pela análise de quem tem o direito ao Auxílio Emergencial é da Dataprev, que é a instituição do Governo Federal responsável por verificar se o cidadão cumpre todas as exigências previstas na lei, com homologação do Ministério da Cidadania”, informou o banco em nota.
O projeto altera uma lei de 1993, que trata da organização da assistência social no país. De acordo com o texto, durante o período de três meses será concedido auxílio emergencial de R$ 600 ao trabalhador que cumpra, ao mesmo tempo, os seguintes requisitos:
O auxílio vai ser cortado caso aconteça o descumprimento dos requisitos acima. O texto também deixa claro que o trabalhador deve exercer atividade na condição de:
A proposta estabelece que apenas duas pessoas da mesma família poderão receber cumulativamente o auxílio emergencial e o benefício do Bolsa Família, podendo ser substituído temporariamente o benefício do Bolsa Família pelo auxílio emergencial, caso o valor da ajuda seja mais vantajosa para o beneficiário. A trabalhadora informa, chefe de família, vai receber R$ 1.200.
Os trabalhadores poderão solicitar o auxílio emergencial de R$600 das seguintes formas:
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