O governo federal concluiu exatamente nessa quinta-feira (31) os pagamentos de mais uma rodada do Bolsa Família. Com isso, os mais de 20 milhões de usuários que fazem parte do benefício social já estão com o saldo na conta, independente do final do Número de Identificação Social (NIS).
O último grupo a receber o Bolsa Família neste mês de outubro é formado pelas pessoas que possuem o NIS final 0. Normalmente, esses são os indivíduos que recebem o benefício social na última data de liberação.
Para este grupo, as regras de movimentação são basicamente as mesmas. Para movimentar o Bolsa Família, basta usar aplicativo oficial do Caixa Tem. Esse app é gratuito, e está disponível para download em celulares Android e iOS.
Através do Caixa Tem, o cidadão pode pagar contas, transferir o saldo para outros bancos, fazer um Pix e até mesmo gerar um código para saque em caixas eletrônicos, casas lotéricas e correspondentes Caixa Aqui.
Os mais tradicionalistas podem optar por movimentar o Bolsa Família através dos cartões do próprio programa social, e do antigo Auxílio Brasil. Os dois dispositivos seguem funcionando normalmente desde que estejam em bom estado de conservação.
O valor do Bolsa Família
Assim como nos meses anteriores, os pagamentos do Bolsa Família partem de uma base de R$ 600 por grupo familiar. Esse patamar, no entanto, pode variar a depender de uma série de questões. Em alguns casos, algumas famílias podem receber mais, e outras podem receber menos.
Em outubro, por exemplo, o governo federal seguiu com os pagamentos dos chamados adicionais. Tratam-se de benefícios extras que são liberados para alguns grupos específicos do benefício social. Abaixo, você pode conferir a lista completa de adicionais que foram liberados nesse mês de outubro:
- Benefício de Renda de Cidadania (BRC): R$ 142 por pessoa da família;
- Benefício Complementar (BCO): valor adicional para garantir um total mínimo de R$ 600 por família;
- Benefício Primeira Infância (BPI): acréscimo de R$ 150 por criança de 0 a 7 anos;
- Benefício Variável Familiar (BVF): acréscimo de R$ 50 para gestantes e crianças de 7 a 18 anos;
- Benefício Variável Familiar Nutriz (BVN): acréscimo de R$ 50 por membro da família com até sete meses de idade (nutriz);
- Benefício Extraordinário de Transição (BET): pago em casos específicos para garantir valores anteriores ao programa Auxílio Brasil até maio de 2025.
Queda de valor
O valor dos pagamentos do Bolsa Família, no entanto, também podem ser reduzidos a depender da situação da sua renda per capita. Existe, por exemplo, a possibilidade de redução do valor para quem teve um aumento de renda acima do permitido.
Pelas regras gerais do Bolsa Família, existem três ações que podem ser tomadas quando uma determinada família conta com um aumento de sua renda per capita. Veja abaixo:
- Quando a renda é elevada para um valor menor do que R$ 218
Quando a renda per capita da sua família sobe, mas fica abaixo dos R$ 218, nada ocorre. Neste caso, não há nenhum impedimento para que o cidadão siga recebendo o Bolsa Família normalmente. O valor não é reduzido, e a família segue dentro do sistema de recebimento.
- Quando a renda é elevada para algo entre R$ 219 e R$ 660
Quando a renda per capita de uma família é elevada para algo entre R$ 219 e R$ 660, o cenário muda um pouco. Neste caso, o cidadão entra na Regra de Proteção. Ele vai seguir recebendo o valor do Bolsa Família de forma reduzida por mais dois anos. Caso a renda volte a cair, ele volta a receber o patamar natural.
- Quando a renda é elevada para mais de R$ 660
Quando a renda per capita da família sobe para algo além de meio salário mínimo, o cidadão é automaticamente retirado do programa social. Neste caso, o Governo Federal passa a considerar que o cidadão não precisa mais receber o dinheiro do Bolsa Família, e precisa ceder a vaga para um outro usuário que esteja passando por mais necessidades.