Nesta terça-feira (29), a Caixa Econômica Federal paga a última parcela do auxílio emergencial, encerrando o cronograma de pagamentos do programa. Cerca de 3,2 milhões de beneficiários nascidos em dezembro receberão o valor em conta.
O benefício, lançado neste ano como ajuda aos trabalhadores autônomos e desempregados durante a pandemia de coronavírus, não recebeu indicativo de prorrogação em 2021.
De acordo com o Ministério da Cidadania, o auxílio emergencial pode retornar em 2021 apenas em casos resultantes de contestações administrativas e de decisões judiciais.
Apesar de a continuação do programa já ter sido descartada pelo governo, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, ter reafirmado que o auxílio será encerrado neste mês, parlamentares têm criado projetos que propõem a extensão do benefício por mais dois ou três meses em 2021.
O governo federal e a equipe econômica reafirmam que a extensão do auxílio emergencial não é uma possibilidade. No entanto, as pressões para uma possível prorrogação do programa já começaram.
Inicialmente, o objetivo era lançar um novo programa de renda social em substituição ao Bolsa Família, chamado de Renda Cidadã. Entretanto, o projeto cancelado após complicações com a procura de fontes para financiar a medida sem furar o teto de gastos.
Representantes do governo, em especial o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), vêm afirmando a manutenção do Bolsa Família, visto a falta de espaço fiscal para a criação de um novo programa social.
Bolsonaro tem o plano de aumentar o valor médio do programa, bem como ampliar o pagamento para mais famílias do país.
O atual líder governista e também senador, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), declarou que a possibilidade de ser criado um novo programa social, ou a retomada do auxílio emergencial será estudada pelo governo após o recesso parlamentar.