O setor do turismo vem se destacando nos últimos meses no Brasil. De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a indústria do turismo gerou 10,7% das vagas formais criadas no país em julho.
O Ministério do Turismo divulgou as informações nesta quarta-feira (30). O setor do turismo gerou 16,8 mil empregos com carteira assinada no Brasil no mês passado. A saber, o país criou 157,19 mil vagas de trabalho formais em julho, ou seja, uma em cada dez vagas foram criadas pela indústria do turismo.
Ao considerar os sete primeiros meses de 2023, o setor empregou cerca de 122 mil pessoas no país. Ao considerar todos os setores, o Brasil criou 1,023 milhão de empregos no período. Isso quer dizer que a indústria do turismo respondeu por 11,9% das vagas geradas no país no período.
“Esses números destacam a potência do turismo no Brasil e também apontam para o seu papel crucial na recuperação da economia. Somos uma indústria limpa, com capacidade de gerar cada vez mais emprego e renda para a população. Seguiremos trabalhando para criarmos mais oportunidades para aqueles que buscam ingressar neste setor tão empolgante“, ressaltou o ministro do Turismo, Celso Sabino.
Veja os destaques do setor do turismo em julho
O segmento de alojamento e alimentação figurou como o grande destaque do setor do turismo em julho, criando mais de 9,4 mil vagas de emprego. Por sua vez, o setor de transporte rodoviário de passageiros respondeu por mais de 1,6 mil novos postos de trabalho em julho.
A propósito, o setor de turismo faz parte do grupamento de serviços, que admitiu 56,3 mil novos profissionais no mês passado. Isso mostra a importância da indústria do turismo, que exerce uma grande influência no resultado geral do grupamento.
As vagas criadas no setor se concentraram em três estados, todos da região Sudeste. Segundo os dados, São Paulo concentrou cerca de 5,6 mil novos postos de trabalho em julho. Em seguida, ficaram o Rio de Janeiro, responsável por criar mais de 2,4 mil vagas de emprego, e Minas Gerais, que gerou 2,1 mil novos postos de trabalho.
Setor de serviços se destaca em julho
O levantamento do Ministério do Trabalho mostrou que o setor de serviços se destacou na criação de empregos formais no Brasil em julho de 2023, assim como acontece em praticamente todos os meses.
Veja abaixo quantas vagas foram criadas em cada setor pesquisado:
- Serviços: 56.303 postos de trabalho;
- Agropecuária: 12.978 postos de trabalho;
- Construção: 25.423 postos de trabalho;
- Comércio: 26.744 postos de trabalho;
- Indústria: 21.254 postos de trabalho.
Brasil cria 142,7 mil empregos no mês
O Ministério do Trabalho e Previdência informou nesta quarta-feira (30) que o Brasil criou 142,7 mil postos de trabalho formal em julho de 2023. O resultado mostra que o país registrou bem mais admissões que demissões no sétimo mês do governo Lula.
Embora os dados sejam expressivos, a quantidade de vagas formais de emprego geradas em julho deste ano foi 36,6% menor que a observada no mesmo mês de 2022. A propósito, o Brasil havia criado 225 mil empregos em julho do ano passado.
Os dados mais fracos neste ano não estão restritos a julho. Em síntese, o governo Lula vem enfrentando desafios quando o assunto é geração de emprego, registrando resultados inferiores aos observados no mesmo período de 2022.
Veja as estimativas para 2023
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que os dados relacionados à geração de empregos formais no Brasil em 2023 estão vindo de acordo com as estimativas do governo federal. Aliás, a expectativa é que o país crie dois milhões de postos formais de trabalho neste ano.
“Creio que o crédito, os juros altos, ainda atrapalham o encadeamento da economia brasileira. Mas em compensação, o anúncio por parte do governo da retomada de obras paradas, assim como novos anúncios do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], do Minha Casa Minha Vida, apontam cenários de investimento com aspecto positivo para a economia brasileira“, disse o ministro,
No mês passado, Luiz Marinho disse que a “inadequação esquizofrênica” dos juros no Brasil estava prejudicando a economia brasileira. Ele afirmou que o país poderia ter gerado mais empregos nos últimos meses caso os juros estivessem em um nível menor. A propósito, o Banco Central reduziu em 0,50 ponto percentual a taxa de juro do país no início deste mês, para 13,25% ao ano.