O Tratado de Utrecht: aquilo que você precisa saber
O Tratado de Utrecht foi um importante tratado que consolidou uma série de mudanças não só no continente europeu, mas também no americano.
Assim, não é de se surpreender que o Tratado e suas consequências na história apareçam com certa frequência nas questões dos principais vestibulares do país.
Dessa forma, é fundamental que você domine as principais características desse assunto.
O Tratado de Utrecht: Introdução
O Tratado de Utrecht foi um acordo que estabeleceu o fim da Guerra de Sucessão Espanhola, na Idade Moderna.
O acordo foi assinado no ano de 1713 e estabeleceu que a Grã-Bretanha reconheceria o francês Felipe de Anjou como rei da Espanha. Além disso, os espanhóis seriam obrigados a ceder dois de seus territórios, Menorca e Gibraltar, aos britânicos.
O Tratado de Utrecht: Antecedentes Históricos
O rei Carlos II da Espanha faleceu sem deixar herdeiros. Dessa maneira, em seu testamento ele deixou por escrito que desejaria ter como seu legítimo sucesso o francês Felipe de Anjou, neto de Luís XIV, rei francês.
Porém, quando o rei de fato morreu, vários países europeus perceberam que existia a possibilidade de Felipe ocupar, no futuro, não só o trono espanhol, mas também aquele francês, uma vez que ele era descente direto dessa monarquia. E isso seria um problema, pois atribuiria muito poder para Felipe, uma vez que ele controlaria dois países extremamente poderosos e as suas colônias na América.
Dessa forma, irão surgir negociações, iniciadas no ano de 1712, entre a Grã-Bretanha, a Espanha e a França pelo trono espanhol.
O Tratado de Utrecht: Resultados
Felipe de Anjou, então, é obrigado a renunciar ao trono francês para ser reconhecido como rei da Espanha pelos ingleses. Assim, ele se torna Felipe V, passando a controlar também os territórios espanhóis no continente americano.
O Tratado de Utrecht: Consequências
Diversas alterações no mapa do continente europeu e do continente americano ocorrem como consequências do Tratado.
Em primeiro lugar, a Espanha cede algumas de suas posses para os ingleses, como Menorca e Gibraltar. No continente americano, o acordo transformou os limites entre a Guiana Francesa do Brasil e também modificou as fronteiras do Amapá.
A França perde uma parte de sua força na Europa, que só seria retomada com Napoleão Bonaparte. A Inglaterra, por sua vez, consolida a sua supremacia, principalmente por meio da exploração colonial, naval e comercial.
É importante ressaltar que a estabilidade proporcionada por esse Tratado durou quase um século, quando seira substituído pelos acordos firmados no Congresso de Viena, no início do século XIX.