Tomar cerveja traz benefícios? Veja o que diz Estudo
Nos últimos anos, a discussão sobre os efeitos do consumo de álcool na saúde tem sido uma fonte constante de debate. Entre as bebidas alcoólicas, a cerveja ocupa um lugar especial, sendo uma das mais consumidas em todo o mundo.
Muitos se perguntam se tomar cerveja traz benefícios ou se os riscos superam as vantagens.
Assim, de acordo com um estudo da Universidade Milano-Bicocca, na Itália, novas perspectivas sobre essa questão foram levantadas, examinando a relação entre o consumo de cerveja e o risco de desenvolver doenças neurodegenerativas, como demência e Alzheimer.
O que diz o Estudo
A pesquisa da Universidade Milano-Bicocca trouxe à tona descobertas intrigantes. O estudo revelou que o amargor presente na cerveja tem a capacidade de impedir a aglutinação de proteínas associadas ao Alzheimer.
Esta condição debilitante se inicia quando ocorre o acúmulo de proteínas anormais, levando à morte de células nervosas no cérebro humano.
O estudo, publicado na revista ACS Chemical Neuroscience , fornece informações valiosas sobre os potenciais benefícios de tomar cerveja.
Desse modo, os pesquisadores explicam que o amargor da cerveja, atribuído aos lúpulos utilizados em sua produção, possui propriedades que desempenham um papel crucial na prevenção da formação dessas proteínas prejudiciais.
Isso pode, por sua vez, reduzir significativamente o risco de desenvolver doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, ao longo da vida.
Embora essas descobertas sejam intrigantes, é fundamental lembrar que o consumo de cerveja deve ser moderado e consciente.
Isso porque o abuso de álcool pode levar a uma série de problemas de saúde, incluindo dependência e doença hepática. Além disso, os efeitos adversos no sistema cardiovascular e riscos de lesões associadas ao consumo excessivo são fatores relacionados à cerveja.
Significa que a cerveja à vontade está liberada?
Embora o estudo da Universidade Milano-Bicocca seja promissor e traga novas perspectivas sobre os potenciais benefícios do consumo de cerveja, é importante ressaltar que isso não significa que a cerveja à vontade está liberada.
Assim, consumir cerveja de forma excessiva ainda apresenta riscos significativos para a saúde. Incluindo dependência alcoólica, danos ao fígado, aumento da pressão arterial e contribuição para distúrbios psicológicos.
Portanto, a pesquisa sugere que o consumo moderado de cerveja pode ter benefícios específicos, mas isso não justifica o consumo excessivo.
É fundamental que as pessoas continuem a tomar decisões informadas sobre o consumo de álcool, buscando um equilíbrio responsável entre desfrutar das potenciais vantagens e cuidar da saúde.
Quais cervejas possuem mais lúpulo?
O lúpulo desempenha um papel crucial na fabricação da cerveja, conferindo amargor, aroma e estabilidade à bebida. Portanto, a quantidade de lúpulo utilizada varia significativamente de acordo com o estilo de cerveja que está sendo produzido.
As cervejas com mais lúpulos são:
- India Pale Ales: As India Pale Ales, ou IPAs, são famosas por sua intensidade de lúpulo. Além disso, existem subestilos de IPAs que elevam ainda mais o teor de lúpulo. Essas cervejas são conhecidas por seus sabores cítricos, florais e amargor acentuado, que são resultado do uso generoso de lúpulo durante o processo de fabricação.
- Pale Ale: As cervejas Pale Ale também têm uma presença notável de lúpulo, embora geralmente sejam menos intensas em comparação com as IPAs. Portanto, elas oferecem um equilíbrio agradável entre o amargor do lúpulo e os sabores maltados, tornando-as uma escolha popular entre os amantes de cerveja.
- Pilsner: No espectro oposto, as cervejas Pilsner são conhecidas por sua sutileza e refrescância. Apesar disso, ainda contém lúpulo, mas em quantidades mais moderadas. Assim, o lúpulo nas Pilsners contribui para um amargor suave e um perfil de sabor mais equilibrado.
- Hoppy beers: Além dos estilos mencionados, há uma categoria de cervejas conhecida como “hoppy beers” ou cervejas especiais de lúpulo, que se concentram na exibição das qualidades do lúpulo. Isso inclui cervejas como as American Pale Ales (APAs), as American Amber Ales e várias outras variações.
Conclusão
O estudo da Universidade Milano-Bicocca oferece uma perspectiva interessante sobre os potenciais benefícios do consumo de cerveja, especificamente em relação à prevenção de doenças neurodegenerativas.
No entanto, é crucial abordar essa descoberta com cautela e responsabilidade. Os consumidores devem apreciar a cerveja com moderação, mas também devem estar conscientes de seus próprios limites.
À medida que a pesquisa continua a explorar os efeitos de tomar cerveja e outras bebidas alcoólicas, a chave permanece em encontrar o equilíbrio certo entre desfrutar das potenciais vantagens e cuidar da nossa saúde.