Em nossa sociedade, existem diversos tipos de compulsão que acometem milhares de pessoas. Estas compulsões podem aparecer em contextos mais corriqueiros (como compras) ou em âmbitos mais sutis, como compulsão por manter a depilação em dia.
Acredite, as compulsões aparecem em contextos do cotidiano que muitas vezes nem sequer imaginamos, muito menos apontamos como algo compulsivo.
Abaixo você conhecerá um pouco mais sobre os tipos mais comuns, além de ter informações sobre o tratamento para qualquer forma de compulsão. Acompanhe.
Quais são os tipos de compulsão mais conhecidos?
Abaixo listamos os tipos de compulsão que mais costumam ser vistos em sociedade.
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Compulsão por apostas
As apostas podem ser uma ótima forma de criar um hobby e momentos para analisar situações e monetizá-las de alguma maneira. Entretanto, em muitos casos a compulsão pode aparecer. Este tipo de compulsão tende a pôr em risco o patrimônio da família, levando casais ao término, por exemplo.
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Compulsão por comida
As compulsões alimentares podem estar associadas com o excesso de comida ou até mesmo com a falta – como acontece quando há uma autoimagem distorcida. A pessoa está sempre falando de comida ou de calorias que deseja perder, por exemplo.
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Compulsão por compras
A compulsão por compra aparece quando uma pessoa se torna uma acumuladora. Isto é, apesar de ter grandes quantidades de roupas ou outro tipo de objeto, ela continua comprando mais e mais – mesmo quando não dá conta de usar tudo.
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Compulsão por jogos
Os jogos, sejam eles de videogame ou até mesmo de mesa, podem ser fonte de preocupação para muitas famílias. Isso porque a compulsão pode aparecer em praticamente qualquer idade, e tende a impactar a sociabilidade do sujeito.
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Compulsão por vaidade
Especialmente o sexo feminino pode sofrer com este tipo de compulsão, devido à cultura da feminilidade extrema e “perfeita”. Os padrões de beleza impostos podem fazer com que muitas mulheres se sintam reféns de maquiagens e procedimentos estéticos cada vez mais invasivos.
Como funciona o tratamento psicoterapêutico?
Independente do tipo de compulsão, o primeiro passo para o tratamento terapêutico ser efetivo é o autorreconhecimento feito pelo próprio paciente.
Isto é, é necessário que o sujeito reconheça a sua posição diante de sua compulsão. Isso pode acontecer de maneira espontânea ou a partir de alguns questionamentos da família.
Entretanto, lembre-se que estes questionamentos nunca devem ser em cunho de acusação, mas sim, devem ser feitos de um modo que a própria pessoa respondas as dúvidas, entendendo a sua situação.
Por isso, perguntas como “você acha que precisa de uma roupa nova?” podem ser feitas, por exemplo.
A partir desse reconhecimento, a busca por psicólogo deverá acontecer.
Já na psicoterapia, será trabalhada a dessensibilização do “vício”. Ou seja, o sujeito passará por etapas de “desapego” do hábito, criando outros que sejam saudáveis e condizentes com a realidade.
Trata-se de um trabalho de médio e longo prazo, o que faz com que não haja apontamento de quantidade de sessão para efeitos positivos. O paciente deverá reconhecer suas limitações, além de descobrir quais são os gatilhos e fatores envolvidos com a sua compulsão. Exemplo: A compulsão por procedimento estético pode estar relacionado com baixa autoestima.
Assim, será possível criar uma atmosfera que resgate a capacidade crítica do sujeito, que passará a enxergar com mais clareza as suas ações, diminuindo a incidência dos tipos de compulsão.