Quase todos os brasileiros possuem um smartphone, de acordo com a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box – “O brasileiro e seu smartphone”. Considerando a definição de que um smartphone é um “celular com tela sensível ao toque e que permite a livre instalação e desinstalação de aplicativos pelo usuário”, 96% dos brasileiros possuem um.
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Nos últimos anos, a pesquisa apontou um contínuo ganho de market share da Apple na base de smartphones em operação no Brasil. Isso é atribuído à durabilidade maior dos iPhones, que acabam alimentando o mercado de aparelhos usados. Do ano passado para cá, a proporção com sistema operacional iOS subiu de 20% para 23%, enquanto o Android caiu de 79% para 76%.
A líder do mercado brasileiro continua sendo a Samsung, com 39% de market share sobre a base de smartphones em atividade no País. Entre os fabricantes Android, o único a apresentar crescimento de um ano para cá é a chinesa Xiaomi, embora dentro da margem de erro, passando de 13% para 14%.
Os demais caíram, mas também com variações dentro da margem de erro: Samsung e Motorola perderam 1 ponto percentual cada e a LG, dois. A tendência desta última é desaparecer nos próximos anos, já que não fabrica mais smartphones.
Quem quer comprar um smartphone novo?
Pouco mais da metade dos brasileiros com smartphone (53%) pretendem comprar um aparelho novo nos próximos 12 meses. A intenção é maior entre homens (57%) que entre mulheres (50%). Não há diferença por faixa etária: os três grupos monitorados nesta pesquisa apresentam a mesma proporção de intenção de compra de novo smartphone: 53%.
Vale destacar a diferença por classe social: aqueles com menor renda são os mais interessados em trocar de aparelho nos próximos 12 meses. É o que dizem 54% das pessoas das classes D e E e 53% daquelas na classe C. Enquanto isso, 49% dos brasileiros das classes A e B pretendem comprar um smartphone novo dentro de um ano.
Porém, o que mais chama a atenção é o fato de a tecnologia 5G não estar entre os fatores que mais atraem o brasileiro para a compra de um smartphone novo. A rede começou a ser implementada há um ano, está presente em todas as capitais e entrega uma velocidade dez vezes maior que o 4G, com latência muito menor. Mas apenas 4% dos brasileiros com smartphone afirmam que o 5G seria a principal funcionalidade que levariam em conta na compra de um aparelho novo.
O que os brasileiros querem?
À frente do 5G estão: capacidade de processamento (33%); memória (30%); duração de bateria (14%); e qualidade da câmera (14%).
Vale destacar a diferença por gênero. Entre homens, a capacidade de processamento (42%) é mais importante que a memória (23%), e a duração da bateria (15%) é mais relevante que a qualidade da câmera (11%). Entre as mulheres é ao contrário: a memória (38%) é a característica mais relevante, à frente da capacidade de processamento (25%); e a qualidade da câmera (17%) vem antes da duração da bateria (14%).
A qualidade da câmera é mais valorizada pelos jovens de 16 a 29 anos (20%) que pelos grupos de 30 a 49 anos (14%) e de 50 anos ou mais (7%). Em memória acontece o contrário, os brasileiros mais velhos são os que mais se importam com esse atributo (35%), em comparação com aqueles de 30 a 49 anos (32%) e os jovens de 16 a 29 anos (24%).
A comparação por sistema operacional aponta algumas diferenças. Os usuários de Android têm mais interesse em memória (33%) que aqueles de iOS (23%). E quando se analisa qualidade de câmera são os donos de iPhone (22%) que se importam mais que os de Android (11%). Nas demais funcionalidades analisadas não há divergência significativa por sistema operacional.
Metodologia da pesquisa
A Panorama Mobile Time/Opinion Box – “O brasileiro e seu smartphone” é uma pesquisa independente realizada por uma parceria entre o site de notícias Mobile Time e a empresa de soluções em pesquisas Opinion Box.
O questionário foi elaborado por Mobile Time e aplicado on-line por Opinion Box entre 7 e 26 de junho de 2023 com 2.085 brasileiros que acessam a Internet, respeitando as proporções de gênero, idade, faixa de renda e distribuição geográfica desse grupo. A margem de erro é de 2,1 pontos percentuais. O grau de confiança é de 95%.