O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), lançou nesta semana o Sistema de Identificação das Pragas do Cacaueiro, de acordo com divulgação oficial.
Tecnologia: novo sistema do Mapa irá facilitar a análise e o diagnóstico para preservar a cultura do cacau
A inovação vai auxiliar os produtores rurais tradicionais, agricultores familiares e empresas agrícolas, indústrias, associações e cooperativas de cacau a identificar previamente pragas que podem assolar a cadeia produtiva da cultura, destaca o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Tecnologia na agricultura
O sistema é um marco importante de modernização de tecnologia aplicada, pois funcionará de forma digital, facilitando o encaminhamento de áudios, imagens e vídeos da plantação ou dos frutos.
De acordo com a divulgação oficial, com a nova tecnologia, pesquisadores da Ceplac poderão analisar as informações enviadas pelos produtores, realizar o diagnóstico mais preciso e até mesmo deslocar-se ao local para inspeção, quando necessário.
Otimização de processos
Segundo destaca o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), outro benefício do sistema é que o produtor não precisará fazer o deslocamento até uma unidade da Ceplac e não haverá a necessidade de enviar amostra de materiais infectados, trazendo mais economia, agilidade ao processo e evitando, assim, a propagação de pragas em outras plantações, o que representa mais segurança para o setor cacaueiro.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) explica que desde 2019, pesquisadores da Ceplac observam que cacaueiros do Sul da Bahia estão morrendo devido a uma doença que afeta os ramos e galhos dos cacaueiros, apresentando descoloração, e evoluem podendo chegar até as raízes da planta. A doença afeta praticamente todos os países onde se cultiva o cacaueiro.
Com o objetivo de proteger as plantações de cacau e orientar os produtores, a Comissão tem realizado pesquisas nas fazendas onde a patologia foi encontrada pela primeira vez.
Os produtores devem ter atenção
Segundo dados iniciais, os sintomas podem não ser característicos de uma doença específica, mas fazendo parte da sintomatologia de uma série de outras doenças já existentes.
Uma das características da nova enfermidade é que os sintomas só aparecem depois que a doença já está instalada na planta, e assim, ela pode estar sendo propagada dentro da propriedade sem que o produtor saiba.
É importante reforçar a necessidade de maior atenção e cuidados por parte do produtor com as recomendações fitossanitárias básicas e do manejo da área-foco no sentido de favorecer a recuperação de plantas debilitadas.
Tais como eliminação e a queima de galhos afetados, a limpeza das ferramentas, o uso de mudas de origem e certificadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a utilização de mais de um material genético e, onde se fizer necessário, uso de meia sombra, o controle de pragas e a adubação do solo, destacam os pesquisadores da Ceplac.
Estudos tecnológicos amparam a agricultura
O estudo também enfatizou a necessidade de manter diversas variedades de clones nas fazendas, evitando concentrar o plantio em somente uma ou duas variedades de clones. Isso porque a doença pode estar relacionada à genética da planta e, desse modo, alguns clones poderão ser mais suscetíveis que outros.
Por causa do avanço da enfermidade, os produtores de cacau devem ficar atentos ao surgimento dos sintomas dessa doença e, ao detectarem algum caso, levem imediatamente ao conhecimento da Comissão, informa o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).