Taxa de desemprego cai para 7,6%, MENOR patamar desde 2015

Taxa de desemprego cai para 7,6%, MENOR patamar desde 2015

O mercado de trabalho brasileiro continua apresentando uma recuperação firme em 2023. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação ficou em 7,6% no trimestre móvel de agosto a outubro deste ano.

Essa é a menor taxa de desemprego desde o trimestre móvel encerrado em fevereiro de 2015, quando a desocupação estava em 7,5%, ou seja, em quase nove anos. Isso evidencia os grandes resultados conquistados no primeiro ano do governo Lula.

Vale destacar que o primeiro trimestre de 2023 não teve bons resultados, visto que o desemprego cresceu no país. Contudo, a situação mudou nos meses seguintes e o mercado segue se fortalecendo no ano.

Desemprego recua no trimestre e no ano

A taxa de desocupação caiu 0,3 ponto percentual (p.p.) em relação ao segundo trimestre deste ano (8,0%). Já na comparação com o trimestre encerrado em outubro de 2022 (8,3%), a taxa teve uma queda ainda maior, de 0,7p.p. Estes resultados refletem a melhora do mercado de trabalho brasileiro.

Vale destacar que a população desocupada totalizou 8,3 milhões de pessoas no trimestre móvel de agosto a outubro deste ano. Isso representa uma queda de 3,1% em relação ao trimestre anterior (menos 261 mil pessoas) e uma redução de 8,5% em um ano (menos 763 mil pessoas desocupadas).

As fortes quedas estão reduzindo a quantidade de pessoas sem um trabalho no país. No entanto, os números continuam elevados, ainda mais para uma grande economia como o Brasil. Por isso que o governo espera dados ainda mais positivos nos últimos meses do ano.

Desemprego recua no Brasil para o menor nível em oito anos e meio
Desemprego recua no Brasil para o menor nível em oito anos e meio. Imagem: Agência Brasil.

População ocupada cresce no país

A PNAD Contínua revelou outros dados referentes aos primeiros meses do governo Lula. A saber, a população ocupada somou 100,2 milhões entre julho e setembro, número 0,9% maior que o do trimestre móvel anterior (mais 862 mil pessoas). O número da população ocupada atingiu o recorde da série histórica, iniciada em 2012, e superou pela primeira vez a marca de 100 milhões.

A população ocupada segue tendência de aumento que já havia sido observada no trimestre anterior“, explicou a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio do IBGE, Adriana Beringuy.

Na comparação com o trimestre encerrado em outubro de 2022, houve um crescimento de 0,5% da população ocupada (mais 545 mil pessoas). Em resumo, o crescimento mais intenso na base trimestral refletiu os números mais fracos nos primeiros meses do governo Lula.

A PNAD ainda mostrou que o nível de ocupação ficou estimado em 57,2%, alta de 0,4 p.p. na comparação com o trimestre móvel anterior (56,9%). Já na base anual, o indicador se manteve estável. A propósito, nível de ocupação se refere ao percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar.

População desalentada recua no Brasil

O levantamento do IBGE ainda revelou que a população desalentada no Brasil somou 3,4 milhões no período. Esse número caiu 6,0% em relação ao trimestre anterior (menos 220 mil pessoas) e teve forte queda de 17,7% em um ano (menos 741 mil pessoas).

O IBGE explica que a população desalentada é formada por pessoas que estavam fora da força de trabalho do país devido a alguma das seguintes razões:

  • Não conseguia trabalho;
  • Não tinha experiência profissional;
  • Era muito jovem ou muito idoso;
  • Não encontrou trabalho na localidade onde mora;
  • Não teria condições de assumir a vaga caso conseguisse o trabalho.

Em outras palavras, os desalentados do país formam a parte da força de trabalho potencial. Isso quer dizer que eles poderiam trabalhar, mas não o fizeram devido a circunstâncias específicas.

Os dados também mostraram que o percentual de desalentados na força de trabalho atingiu 3,1% entre julho e setembro de 2023. O nível caiu tanto na base trimestral (-0,2 p.p.), quanto na anual (-0,6 p.p.).

Entenda a PNAD Contínua

De acordo com o IBGE, a PNAD Contínua acompanha as variações trimestrais e a evolução da força de trabalho no Brasil. Isso acontece em médio e longo prazo através de coleta, em âmbito nacional, de informações necessárias para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do país.

Em síntese, a implantação da PNAD Contínua aconteceu em outubro de 2011, alcançando o caráter definitivo em janeiro de 2012. A PNAD também divulga informações mensais e anuais, além das trimestrais, sobre força de trabalho no país, desemprego, entre outros pontos.

Os analistas do mercado ficam atentos a esses dados para traçarem possíveis resultados futuros relacionados ao mercado de trabalho brasileiro.

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