Cada vez mais brasileiros estão entrando no mercado de trabalho. Ao menos é o que indica uma nova pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quinta-feira (31). De acordo com o levantamento, a taxa de desemprego do país caiu para 7,9% no trimestre móvel que foi encerrado neste mês de julho.
Trata-se da menor taxa de desemprego para este mesmo período desde o mesmo trimestre de 2014, quando a porcentagem de desempregados estava na marca de 6,7%, ainda segundo o IBGE. Nas redes sociais, representantes do governo federal comemoraram o resultado.
Redução do desemprego
Quando se compara o número atual com o trimestre imediatamente anterior, é possível notar que existe uma redução de 0,6 ponto percentual, já que na ocasião, a taxa de desemprego atingiu a marca de 8,5%. Já no mesmo trimestre de 2022, a taxa estava na casa dos 9,1%, indicando que também há uma queda em relação ao que se registrava no ano passado.
Número de desocupados
De todo modo, o fato é que o número de pessoas desocupadas ainda é alta, segundo os dados desta pesquisa. Os detalhes indicam que no trimestre encerrado em julho, 8,5 milhões de pessoas ainda não estavam conseguindo trabalhar.
Seja como for, este número de desocupados também registrou um recuo em relação ao trimestre anterior. A quantidade de pessoas desocupadas caiu 6,3% em relação aos últimos 3 meses, e 3,8% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Estamos falando de 573 mil pessoas a menos na condição de desocupadas em relação ao trimestre imediatamente anterior. Quando se compara com o mesmo período do ano passado, estima-se que 1,36 milhão de pessoas tenham conseguido emprego neste meio tempo.
“Esse recuo no trimestre encerrado em julho ocorreu principalmente pela expansão do número de pessoas trabalhando”, explica Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio.
Ocupados
A declaração de Beringuy se traduz nos números. Ainda de acordo com o IBGE, o total de pessoas ocupadas cresceu 1,3% em comparação com o trimestre anterior. Já na comparação anual, o crescimento foi de 0,7, somando mais 669 mil pessoas ao grupo.
Hoje, estima-se que cerca de 99,3 milhões de brasileiros estejam em condição de ocupação. Vale destacar que o número de pessoas ocupadas voltou a crescer após dois trimestres de queda.
Onde houve mais crescimento
Ainda tomando como base as informações do IBGE, é possível afirmar que o crescimento da ocupação ocorreu sobretudo nas áreas a seguir:
- Administração pública;
- defesa;
- seguridade social;
- educação;
- saúde humana;
- serviços sociais;
- Informação;
- comunicação;
- atividades financeiras;
- atividades imobiliárias;
- atividades administrativas.
Trabalho formal x informal
O IBGE também divulgou nesta mesma pesquisa uma separação de dados entre o crescimento do trabalho formal e o crescimento do mercado informal de trabalho. Veja abaixo:
- Trabalho formal
No caso do trabalho formal, quando a carteira é assinada, ou o contrato é firmado, o número de empregados foi de 37 milhões, ficando em posição de estabilidade em relação do trimestre anterior. Já quando se compara com o mesmo período do ano passado, houve um aumento de 3,4%, ou seja, mais 1,2 milhão de pessoas.
- Trabalho informal
Quando se considera apenas o trabalho informal, o número de pessoas ocupadas foi de 13,2 milhões. Trata-se, portanto, de um crescimento de 4% na comparação com o trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a situação é de estabilidade.
Governo comemora
Como dito, membros do governo federal comemoram os números divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (31).
“A taxa de desemprego para o mês de julho (7,9%) ficou novamente abaixo das projeções de mercado. Essa é a menor taxa de desemprego para o mês de julho desde 2014, segundo a PNAD do IBGE. Pouco a pouco vemos o Brasil avançando”, disse a Ministra do Planejamento, Simone Tebet (MD) em suas redes sociais.