Consulta ao dinheiro esquecido alcança 100 milhões de acessos
Sistema de Valores a Receber bateu a marca de 100 milhões de acessos. Cidadãos já podem sacar dinheiro esquecido
Desde que reabriu o Sistema de Valores a Receber (SVR), o Banco Central (BC) já contabilizou mais de 100 milhões de consultas ao dinheiro esquecido. Segundo informações oficiais, a marca foi oficialmente batida no final da última semana. Desde a semana passada, os cidadãos com saldo em conta podem sacar a quantia em questão.
Até o domingo (12), o BC contabilizou 101,6 milhões de consultas no site oficial. Vale lembrar que qualquer cidadão tem o direito a realizar a verificação. Para tanto, basta inserir o CPF e mais algumas informações básicas como data de nascimento para que o sistema indique se há algum valor esquecido em seu nome ou não.
Até o início desta semana, estima-se que uma leve maioria das pessoas que fizeram a consulta, não encontraram nenhum valor em suas contas. Dados do Banco Central, apontam que cerca de 55,1 milhões de cidadãos não tinham nenhum saldo. Outros 46,4 milhões encontraram valores disponíveis, e ao menos uma parte deles já solicitou o saque.
Dados mais recentes apontam que já foram solicitados mais de R$ 274 milhões em dinheiro esquecido. O maior valor individual resgatado por uma pessoa física até aqui foi de R$ 749.494,30. A pessoa jurídica que recuperou o valor mais alto até o momento atual, sacou sozinha cerca de R$ 252.313,00.
Vale lembrar, no entanto, que estes valores estão longe de ser uma regra. O Banco Central segue afirmando que mesmo entre as pessoas que possuem algum saldo disponível, a maioria deve contar com valores baixos. Boa parte destes cidadãos possuem saldos que variam entre R$ 0 e R$ 10 esquecidos em instituições financeiras.
Dinheiro esquecido
Segundo o Banco Central, existem vários casos de pessoas que possuem dinheiro esquecido em suas contas. Os mais comuns são:
- Contas corrente ou poupança encerradas com saldo disponível;
- Cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito;
- Recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados;
- Tarifas cobradas indevidamente;
- Parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas;
- Contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas com saldo disponível;
- Contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas com saldo disponível;
- Outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.
Sistema aberto para sempre
O Banco Central confirmou que desta vez o Sistema de Valores a Receber (SVR) não será mais fechado. A ideia é atualizar os dados periodicamente. Assim, as pessoas poderão realizar as consultas sempre que desejarem. Também não há um prazo definido para o saque.
“Desta vez, o nosso sistema ficará aberto para sempre. O dinheiro estará sempre à sua disposição no banco. Periodicamente, os bancos devem atualizar os arquivos pra gente. Então aqui no Banco Central a cada final de mês, nós vamos ter novos valores”, disse Carlos Eduardo Gomes, do Departamento de Atendimento Institucional do Banco Central.
“As pessoas podem sacar quando elas acharem necessário, ou quando elas tiverem vontade. O dinheiro, a partir do momento em que aparece na consulta, fica à disposição do dono e cabe à ele decidir o melhor momento para a retirada. Podemos dizer que agora o sistema fica aberto para sempre”, disse ele.