Um levantamento realizado pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo em parceria com o Instituto Ayrton Senna revelou que sete em cada 10 alunos da rede pública estadual relatam sinais de depressão e ansiedade.
De acordo com os dados do levantamento, 69% de mais de 642 mil estudantes ouvidos no estudo relataram que, durante a pandemia da Covid-19, tiveram sentimentos ligados à depressão e ansiedade.
Esse índice representa mais de 440 mil alunos do 5º e 9º ano do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio. Os sinais exigem alerta e devem ser considerados pelos professores já que o cenário afeta o nível de concentração dos estudantes. Os dados são parte do Mapeamento das Competências Socioemocionais do sistema de ensino do Estado, divulgado pela secretaria nesta sexta-feira, dia 1º de abril.
Dentre os sinais, os estudantes relataram dificuldade de concentração em nível alto ou moderado, sentimento de esgotamento e perda do sono por conta das preocupações. Cerca de 13,6% dos alunos afirmaram que perderam a autoconfiança.
Alunos tiveram perdas socioemocionais
O levantamento revelou ainda que houve perdas significativas nas competências socioemocionais dos alunos da rede pública estadual. De acordo com o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, o cenário se agravou na pandemia:
“As perdas socioemocionais se agravaram mais na pandemia, algo que já esperávamos. Em 2021, mais estudantes se consideraram pouco capazes no exercício de todas as competências socioemocionais relevantes para o aprendizado que em 2019. A falta da escola piorou essa situação”, afirmou.
Rossieli destacou ainda que o número de jovens que não têm ‘interesse’ ou ‘curiosidade para aprender’ subiu para 43,8% em 2021. Em 2019, o índice era de 37,8%. Além disso, o secretário destacou que a falta de escola, devido à suspensão das aulas presenciais por mais de um ano, piorou o cenário.
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