O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), lançou o programa Bolsa do Povo Educação para os alunos mais vulneráveis do ensino médio da rede estadual de Educação.
A ação tem como objetivo o combate à evasão escolar no estado paulista por meio do pagamento do benefício na quantia de R$1 mil por ano.
O programa busca auxiliar as famílias paulistas a superarem os desafios educacionais e financeiros acometidos pela pandemia do novo coronavírus.
“Quero ratificar a importância dessa iniciativa para combater a evasão escolar. Cinco milhões de crianças deixaram a escola em 2020 no Brasil. Isso é um deserto para o futuro do Brasil”, afirmou o governador.
“Pessoas sem ensino não reagem, se tornam dependentes. E é isso o que nós não queremos. Queremos crianças e jovens que tenham, pelo ensino, a oportunidade de viver melhor”, completou.
Ao todo, o Governo do Estado de São Paulo, prevê investir R$400 milhões no programa Bolsa do Povo Educação, com pelo menos R$100 milhões em 2021 e R$300 milhões em 2022.
Combate à evasão escolar
Por meio do benefício, o governo paulista pretende manter os jovens na escola, estimulando a participação nas atividades escolares e melhorando a aprendizagem.
Os pagamentos serão realizados de maneira proporcional ao ano letivo e estão vinculados à frequência escolar de pelo menos 80%.
Além disso, é preciso se dedicar pelo menos de 2 a 3 horas de estudos pelo Centro de Mídias SP (CMSP) e à participação nas avaliações de aprendizagem.
Ademais, os alunos do terceiro ano do Ensino Médio podem realizar atividades preparatórias para o Exame Nacional do Ensino Médio.
Inscrições
As inscrições podem ser realizadas entre 30 de agosto e 10 de setembro através do portal do programa, clicando aqui.
Todos os alunos matriculados no ensino médio da rede pública estadual poderão se inscrever, assim como os estudantes que fazem parte do 9º ano do ensino fundamental e inscritos no Cadastro Único – CadÚnico.
De acordo com a Seduc-SP, são cerca de 3,5 milhões de alunos matriculados na rede estadual de ensino. Desse número, estima-se que 770 mil estão em situação de pobreza ou extrema pobreza.
Além disso, 1,2 milhão estão no ensino médio, sendo 267 mil em situação de vulnerabilidade.
“O bônus demográfico do Brasil está diminuindo a partir do final de 2022. Perder essa geração será uma catástrofe. Se não tivermos os investimentos e as políticas necessárias no enfrentamento presente a esta pandemia, será uma conta que teremos que pagar pelo menos nos próximos 30 anos”, aponta o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares.
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