Aconteceu neste domingo (30) uma passeata do grupo Escola Já para reivindicar que ocorra um retorno “gradual e voluntário” das aulas presenciais na cidade de São Paulo.
Pais e familiares de estudantes percorreram a Avenida Paulista para se manifestar contra a demora para a decisão se as aulas no município voltarão ou não em 2020. De acordo com o prefeito Bruno Covas (PSDB), a definição final será divulgada na segunda quinzena de setembro.
As escolas e universidades em todo o Estado de SP permanecem fechadas desde o mês de março para evitar a propagação do novo coronavírus.
Pais profissionais da saúde pedem volta das aulas
O grupo Escola Já, formado por meio do Facebook, compõe-se principalmente por profissionais da saúde.
De acordo com eles, reabrir as escolas mesmo que de forma gradual já os ajuda, pois alegam ter dificuldades em deixar os filhos durante todos os dias de trabalho em meio à pandemia.
Por volta das 14h a passeata começou a se formar, ocupando uma faixa da avenida mais famosa da cidade paulista. Às 15h30 já não havia tanta movimentação.
Os pais e familiares utilizavam máscaras, como pede o protocolo do município, e carregavam faixas com os dizeres “Escolas e crianças não são os vilões”, “Mais educação, menos desigualdade social” e “Bar aberto, escola fechada”.
Vale dizer que o que o grupo reivindica vai contra o que dizem as pesquisas feitas com pais da capital. De acordo com a 5ª edição da Pesquisa Fórum, por exemplo, 72,1% dos brasileiros não querem que as aulas presenciais voltem em meio à pandemia.
Cinco Estados planejam retomada
Dentre os 26 Estados brasileiros e o Distrito Federal, somente cinco planejam atualmente a retomada das aulas ainda em 2020.
O Amazonas foi o primeiro Estado da federação a reabrir suas escolas, no último 10 de agosto, inclusive as públicas.
A previsão, de acordo com um levantamento realizado pelo portal G1 com dados das secretarias de educação, é que esse processo de reabertura ocorra nos seguintes Estados: Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
São Paulo, no entanto, possui previsão somente em relação a escolas estaduais e privadas.
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