O Ministério da Defesa divulgou na noite desta terça-feira, 17 de março, o novo balanço de casos confirmados de novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil. De acordo com dados divulgados pela pasta, subiu para 291 o número de casos da nova doença.
Os principais dados são os seguinte:
- 291 casos confirmados, eram 235 na segunda-feira
- Maioria dos casos está em dois estados: SP tem 164 e o Rio de Janeiro, 33.
- 8.819 casos suspeitos
- 1.890 casos descartados
O balanço oficial divulgado pelo Ministério ainda não contabiliza a primeira morte, que foi confirmada em São Paulo nesta terça-feira (17). O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, explicou que é normal ocorrer diferença entre os números do balanço federal e os casos divulgados nos estados.
“Não é online. Ocorre com certa frequência de as secretarias noticiarem casos após (a consolidação do balanço do ministério)”, disse Mandetta.
“Tivemos hoje o primeiro óbito. Eu achava que teríamos antes. Não temos ainda a condição da letalidade, mas é interessante essa impressão do primeiro óbito (diante do atual número de casos)”, disse o ministro.
Perfil dos casos
Entre os casos confirmados pelo governo, existem 28 pessoas que estão hospitalizadas. Desse total, 166 são importados (57%), 92 de transmissão local (32%) e 25 de transmissão comunitária (12%), e 7 casos ainda estão em investigação (2%).
Governo anuncia medidas contra o coronavírus
O Ministério da Economia anunciou um conjunto de medidas com o objetivo de reduzir os efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus.
De acordo com informações do governo, serão destinados nada menos que R$ 147,3 bilhões em medidas emergenciais para socorrer setores da economia e grupos de cidadãos mais vulneráveis, além de evitar a alta do desemprego. Do valor total, R$ 83,4 bilhões devem ser destinados à população mais pobre e/ou mais idosa.
Ao apresentar as medidas, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o sistema econômico responde a esse tipo de pandemia de foma similar ao corpo humano. “Igualzinho esse coronavírus, afeta mais as fatias mais vulneráveis. Os mais idosos são mais vulneráveis porque a defesa imunológica é mais baixa”, disse.
“A economia é igual. Uma economia resiliente, com a parte de fundamentos fiscais no lugar, estrutura firma, reformas estruturantes, ela mantém a resiliência e fura essa onda. O Brasil está começando a reaceleração econômica, aí vem uma turbulência e ele tem condições de ultrapassar isso. São três, quatro meses.”
Medidas para população vulnerável
Já anunciadas
- O governo vai antecipar a primeira parcela do 13º de aposentados e pensionistas do INSS para abril- liberação de R$ 23 bilhões; e
- vai reduzir o teto de juros do empréstimo consignado para aposentados e pensionistas, aumento da margem e do prazo de pagamento.
Novas medidas:
- governo vai antecipar o valor da segunda parcela do 13º de aposentados e pensionistas do INSS para maio – liberação de mais R$ 23 bilhões;
- Guedes confirmou transferência de valores não sacados do PIS/Pasep para o FGTS, para permitir novos saques – impacto de até R$ 21,5 bilhões;
- Governo vai antecipar abono salarial para junho – liberação de R$ 12,8 bilhões; e
- Governo vai reforçar o programa Bolsa Família, com a inclusão de mais 1 milhão de beneficiários – impacto de até R$ 3,1 bilhões.
Manutenção de empregos
Novas medidas:
- Diferimento do prazo de pagamento do FGTS por 3 meses – impacto de R$30 bilhões;
- Diferimento da parte da União no Simples Nacional por 3 meses – estimativa de R$ 22,2 bilhões;
- Crédito do PROGER / FAT para Micro e Pequenas Empresas – projeção de R$ 5 bilhões;
- Redução de 50% nas contribuições do Sistema S por 3 meses – impacto de R$2,2 bilhões;
- Simplificação das exigências para contratação de crédito e dispensa de documentação (CND) para renegociação de crédito;
- Facilitar o desembaraço de insumos e matérias-primas industriais importadas antes do desembarque.
Combate ao coronavírus
O Governo já anunciou
- Governo vai suspender a prova de vida dos beneficiários do INSS por 120 dias;
- Vai conceder preferência tarifária de produtos de uso médico-hospitalar; e
- Priorizar desembaraço aduaneiro de produtos de uso médico-hospitalar.
Novas medidas
- Destinação do saldo do fundo do DPVAT para o SUS – impacto de R$ 4,5 bilhões;
- Zerar alíquotas de importação para produtos de uso médico-hospitalar (até o final do ano);
- Desoneração temporária de IPI para bens importados listados que sejam necessários ao combate ao Covid-19;
- Desoneração temporária de IPI para bens produzidos internamente listados que sejam necessários ao combate ao Covid-19.
Veja também: Em meio ao Coronavírus, Revisão do INSS libera até R$150 mil em março