Apesar de a musculação ajudar no fortalecimento do corpo, melhorando a estética física e principalmente à saúde do indivíduo, quando praticada de forma inadequada pode trazer consequências negativas, como lesões nos quadris, joelhos, inclusive, uma síndrome denominada como Piriforme.
A síndrome do Piriforme se caracteriza por uma dor intensa, que muitas vezes é confundida com uma lesão muscular ou crises de hérnia de disco, entretanto é acometida devido à compressão do nervo ciático.
Isso porque o nervo ciático fica atrás do músculo piriforme, entretanto, em algumas pessoas ele pode passar pelo seu meio, gerando uma certa compressão, que pode inflamar a região causando intensa dor.
Além disso, mesmo em pessoas que têm o nervo ciático na região correta, alguns fatores podem provocar essa compressão que gera o desconforto, como é o caso de quem pratica exercícios inferiores de forma intensa.
Musculação X Síndrome do Piriforme
A musculação pode causar a síndrome do Piriforme, quando a pessoa já tem uma predisposição para a condição, ou seja, possui o nervo ciático entre o piriforme ou também quando realizam exercícios intensos de forma inadequada, que geram impactos e contração muscular na região do piriforme.
O quadro é ainda mais comum em mulheres, visto que o corpo feminino geralmente possui o quadril um pouco maior, o que favorece a condição. Além disso, devido a questões hormonais, o processo de inflamação osteomuscular pode ser mais propenso neste público.
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Sedentarismo também é um gatilho para a Síndrome do Piriforme
Exercícios em excesso ou feitos de forma inadequada podem ocasionar a Síndrome do Piriforme, porém, outro fator bem recorrente ao quadro é o sedentarismo.
Ficar muito tempo sentando, por exemplo, também pode ocasionar a compressão do nervo ciático. Além disso, até o uso excessivo de carteira no bolso de trás da calça pode vir a provocar um desnivelamento do corpo, que compromete a região do piriforme.
Como é feito o diagnóstico e tratamento da Síndrome do Piriforme?
As dores pontuais durante a prática de exercícios físicos são fortes sinais da Síndrome do Piriforme. Elas podem ser diferenciadas de lesões na coluna ou no glúteo, através de manobras específicas, que podem ser determinadas por um fisioterapeuta.
Já o tratamento da síndrome inclui desde repouso, sessões de fisioterapia, exercícios de fortalecimento do glúteo e até uso de anti-inflamatórios, analgésicos e injeções de esteroides.
Algumas situações de dores crônicas podem levar a necessidade de cirurgia.
E para quem prática musculação e prioriza o fortalecimento dos membros inferiores, os especialistas alertam para a importância de fazer o alongamento e aquecimento antes da prática, inclusive, buscar apoio de um profissional de Educação Física para realizar as posturas de forma correta, sem riscos de lesões.