Está rolando uma discussão acalorada nos bastidores do governo e das grandes empresas de varejo online. O motivo? A possível extinção da isenção de impostos para compras internacionais de até US$50. E sim, estamos falando de gigantes do e-commerce como Shein, Shopee e AliExpress.
E-commerces internacionais
O mundo do e-commerce internacional tem sido palco de debates acalorados recentemente. A questão central é a isenção do Imposto de Importação para mercadorias de até US$ 50 adquiridas por brasileiros em e-commerces internacionais, como Shein, Shopee e AliExpress.
Apesar de estar em vigor, essa política, conhecida como Remessa Conforme, tem gerado polêmicas. Acontece que a Câmara dos Deputados está considerando um projeto de lei que pode restaurar a cobrança do imposto.
O que está em jogo?
Atualmente, um programa do governo chamado “Remessa Conforme” garante que mercadorias de até US$50 adquiridas por cidadãos brasileiros em e-commerces internacionais estão isentas do Imposto de Importação. Porém, essa política pode estar com os dias contados.
As Posições em Confronto
O Governo
O Ministério da Fazenda, sob a liderança de Haddad, expressou o desejo de eliminar essa isenção de impostos, pois isso poderia ajudar a atingir a meta fiscal. No entanto, o presidente Lula pediu a retirada da proposta, temendo que tal medida pudesse prejudicar a popularidade do governo.
“A isenção de US$50 é vista como um problema sério para o nosso varejo, indústria, comércio e até para o e-commerce nacional.” – Deputado Zé Neto
O Varejo
As empresas varejistas, principalmente as que operam online, estão apoiando o fim da isenção. Segundo elas, a isenção de US$50 prejudica seus negócios. O Projeto de Lei para eliminar a isenção está em andamento e tem amplo apoio do Congresso Nacional.
Relator do Projeto de Lei
Paulo Guedes, deputado federal do PT de Minas Gerais, é o relator do projeto de lei. Ele deve apresentar seu relatório em breve para análise da Comissão de Finança e Tributação (CFT).
Corrida Contra o Tempo
A votação do projeto de lei deve acontecer o mais rápido possível, para que o varejo não seja muito impactado na Black Friday e nas compras de Natal.
Alternativas Buscadas pelo Governo
Dario Durigan, secretário-executivo da Fazenda, informou que o governo está buscando alternativas. Uma das possibilidades é definir uma tarifa de importação que promova a isonomia entre empresas estrangeiras e o varejo nacional.
Outra opção é instituir uma alíquota de pelo menos 20%, conforme proposta das empresas do setor. Aumentar a alíquota de ICMS dos importados de 17,5% para 25% também está sendo considerado.
A Isenção do Imposto de Importação
O governo planeja continuar com a isenção do imposto de importação para compras de até US$ 50 até que a equipe econômica tenha condições de mensurar se a medida gera concorrência desleal.
A Mensuração do Volume de Importações
Com o programa Remessa Conforme, a Fazenda e a Receita Federal já conseguem mensurar o volume de importações, a distribuição das vendas e os preços praticados.
E Agora?
A ideia tanto do governo quanto do Ministério da Fazenda e do Congresso é esperar que o programa Remessa Conforme atinja 100% das compras declaradas, o que deve acontecer ainda este ano. Só depois será pensada em uma nova alíquota de imposto.
Impacto para o Consumidor
Para os consumidores que estão acostumados a fazer compras na Shein, Shopee e AliExpress, essa mudança pode impactar bastante. O fim da isenção poderá aumentar o preço final dos produtos, tornando-os menos atrativos.
Fim da isenção de US$50
A discussão sobre o fim da isenção de US$50 para compras internacionais é uma questão complexa, que envolve interesses de diversas partes. Resta esperar para ver qual será a decisão final e como isso afetará tanto o varejo quanto os consumidores.