SFN: dados oficiais sobre a evolução do crédito no segundo trimestre de 2022
O SFN divulgou dados oficiais sobre a evolução do crédito no segundo trimestre de 2022. Confira informações do Banco Central!
O saldo das operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) aumentou 3,5%no segundo trimestre, acelerando ante a taxa observada no primeiro trimestre (2,4%), de acordo com informações oficiais do Banco Central do Brasil (BCB), divulgadas na data desta publicação, 02 de setembro de 2022.
SFN: dados oficiais sobre a evolução do crédito no segundo trimestre de 2022
A divulgação oficial destaca que o maior ritmo de crescimento agregado em todas as regiões caracterizou ambas as carteiras – a de pessoas físicas (PF) aumentou 4,0% e a de jurídicas (PJ), 2,7%, ante expansões respectivas de 3,2% e de 1,2% no trimestre anterior.
De acordo com o Banco Central do Brasil (BCB), o segmento de operações com recursos livres às empresas apresentou variação maior no Centro-Oeste (com liderança do financiamento à exportação, a exemplo do observado no primeiro trimestre), e no Nordeste, região que intensificou a alta, ante o trimestre precedente.
Nas operações PJ com recursos direcionados, observou-se contração da carteira apenas no Centro-Oeste, sobretudo em função de amortizações de operações com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Crescimento na concessão de crédito no Centro-Oeste
Segundo destaca o Banco Central do Brasil (BCB), o saldo contratado com recursos livres às famílias, por sua vez, cresceu de forma relativamente homogênea entre as regiões, sobressaindo o crédito consignado, estimulado pelo aumento da margem de desconto em folha, e as transações com cartão de crédito à vista. Também no segmento PF, foi relevante no Centro-Oeste e no Norte a ampliação do financiamento rural, notadamente para investimento e custeio.
Contração do crédito rural no Sul do Brasil
De outra parte, o Sul registrou contração discreta do crédito rural, após avanço significativo no primeiro trimestre, ressalta o Banco Central do Brasil (BCB). Dentre as demais modalidades, permaneceram em evidência os financiamentos imobiliários, mesmo em contexto de juros mais elevados, ressalta a divulgação oficial.
No segundo trimestre, a inadimplência geral aumentou moderadamente ante ao primeiro, como resultado da combinação de elevação na carteira PF e queda na PJ (em ambos os casos, houve recuo disseminado entre maio e junho).
Elevação da inadimplência
De acordo com o Banco Central do Brasil (BCB), os dados do SFN mostram que, no primeiro segmento, os maiores incrementos foram registrados pelo Norte e Nordeste (região que detém a maior taxa de inadimplência). Ao contrário, houve recuo no Centro-Oeste, que passou a deter a menor inadimplência na carteira PF.
Enquanto isso, o inadimplemento nas operações com empresas recuou, influenciado pelos desempenhos do Norte, Sudeste e Nordeste. Nessa última região, inclusive, a taxa reverteu a alta observada em abril, nas operações com recursos direcionados (financiamentos imobiliários e com o BNDES).
Elevação da taxa de juros
Segundo destaca o Banco Central do Brasil (BCB), em síntese, o mercado de crédito tem se caracterizado pela tendência de elevação das taxas de juros, porém com discreta repercussão sobre a inadimplência das operações.
No segmento empresarial, o desempenho positivo da atividade econômica em todas as regiões no segundo trimestre, à exceção do Sudeste, contribuiu para a evolução do crédito, com destaque para crescimento do saldo nas modalidades capital de giro e financiamento à exportação, destaca o Banco Central do Brasil (BCB).
No mesmo sentido, a ampliação da margem de consignação em folha permitiu que as famílias aumentassem o endividamento em modalidade de custo mais baixo, com possíveis reflexos positivos sobre a inadimplência, de acordo com a recente divulgação oficial.