O setor de supermercados está tendo alta nas vendas de 5,32% (deflacionado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA) desde janeiro até maio deste ano. Os dados em comparação ao mesmo período de 2020, feito pelo Índice Nacional de Consumo dos Lares Brasileiros.
A entidade que calculou e divulgou os dados, nesta quinta-feira (8) foi o Departamento de Economia e Pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Na comparação com o mesmo período do ano passado, no mês de maio houve crescimento de 2,88%. A alta em relação a abril deste ano foi de 1,98%.
De acordo com o Abras, o desempenho positivo foi graças a um conjunto de fatores. Entre eles estão o pagamento do Auxílio Emergencial e o pagamento da primeira parcela do décimo terceiro salário para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) na segunda quinzena de maio. Nesse contexto, foram depositados R$ 25 bilhões nas contas de 31 milhões de beneficiários.
Ademais, segundo o Abras outro fator foi o fato do setor não ter parado, apesar da pandemia de Covid-19. De acordo com o vice-presidente Institucional da Abras, Marcio Milan, houve planejamento dos supermercados para o ano de 2021, apesar dos problemas causados pela pandemia do novo coronavírus.
No mês de maio, o Índice Abrasmercado subiu 1,52% em relação ao mês de abril. O índice é composto por uma cesta com os 35 produtos mais vendidos nos supermercados, incluindo produtos alimentícios, de higiene, de beleza e de limpeza doméstica. Deste modo, a cesta chegou ao valor de R$ 643,42, contra R$ 643,67 do mês anterior. A cesta
As maiores altas nos preços da cesta nos supermercados em maio foram: no tomate (7,12%), biscoito cream cracker (3,58%), carne (3,20%) e farinha de trigo (3,02). Já as principais baixas foram: na cebola (11,47%), arroz (1,92%), xampu (1,20%), batata (0,86%), feijão (0,83%) e queijo muçarela (0,83%). Vale ressaltar que o tomate acumula queda de preços nos supermercados de 15,24% no ano, apesar da alta no mês.
Ainda no mês de maio, as cinco regiões brasileiras tiveram alta nos preços da cesta Abrasmercado. As duas maiores oscilações foram no sul e no nordeste, com aumento de 2,1% e 2,01%. Nas capitais e regiões pesquisadas, a única que teve baixa no preço foi João Pessoa, com queda 0,75%. E a maior elevação nos preços foi em Natal, com aumento de 6,51%.
A entidade possui perspectivas otimistas para o setor dos supermercados no segundo semestre do ano. Isto principalmente por conta do avanço da vacinação que pode reverter em um melhor funcionamento da economia, com reflexo sobre os supermercados. “A vacinação traz uma segurança para a economia como um todo”, disse Marcio Milan durante a coletiva.
Além disso, existem outros fatores que justificam a perspectiva otimista da entidade sobre os supermercados. Entre eles estão o pagamento da segunda parcela do décimo terceiro aos beneficiários do INSS, a prorrogação do Auxílio Emergencial até outubro e a restituição do Imposto de Renda para Pessoa Física.