Direitos do Trabalhador

Sem Auxílio Emergencial, consumo das famílias recuou 0,1%, diz IBGE

De acordo com dados do IBGE, as famílias brasileiras consumiram menos no primeiro trimestre após suspensão do Auxílio

A interrupção dos pagamentos do Auxílio Emergencial entre os meses de janeiro e março fizeram com que muita gente diminuísse o ritmo do consumo. Quem diz isso são os dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que passaram por uma divulgação nesta terça (1).

De acordo com o Instituto, o Brasil registrou um retração de 0,1% no primeiro trimestre deste ano. É uma queda quando se compara com a subida nesse mesmo item durante os três últimos meses do ano passado, quando o Governo ainda pagava o Auxílio Emergencial.

Entre os meses de outubro e dezembro de 2020, mesmo com a queda no valor do programa, as famílias tiveram um aumento no consumo de 3,2%. O Governo Federal celebrou muito esse número. O Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que aquela era uma prova de que tudo estava voltando ao normal.

Os números do primeiro trimestre deste ano, no entanto, mostram uma outra realidade. É que mesmo com o crescimento de 1,2% da economia brasileira, muita gente ainda está sentindo o efeito da crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus.

Nas redes sociais, algumas dessas pessoas estão afirmando que não estão conseguindo comprar itens alimentícios básicos, como carne, por exemplo. Essa é uma realidade de muita gente neste momento em todas as regiões do Brasil.

“Decisão acertada”

Por meio de uma nota informativa, o Ministério da Economia disse nesta terça-feira (1) que os resultados mostram que o Governo agiu de maneira correta ao cortar ao Auxílio Emergencial por três meses. De acordo com a pasta, esse corte não atingiu significativamente a economia do país.

E uma prova disso foi justamente portanto esse crescimento que o próprio IBGE identificou nos três primeiros meses. Dentro do Palácio do Planalto, há a ideia de que o Auxílio perdeu muito da força que tinha para movimentar a economia do país.

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, vem dizendo em quase todas as suas entrevistas, que o ideal é trabalhar para dar emprego para as pessoas. Na opinião dele, isso seria melhor do que o Auxílio Emergencial. Alguns cidadãos parecem concordar com ele.

Auxílio Emergencial

Seja como for, o Governo entende que precisa seguir com os pagamentos de programas sociais para a população mais humilde. É por isso que o Palácio do Planalto está fazendo uma série de reuniões para tentar bater o martelo sobre os projeto do segundo semestre.

Há quem diga que o melhor a se fazer é prorrogar o Auxílio Emergencial. O Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse em entrevista que o Congresso precisa discutir a adição de mais um ou dois meses aos pagamentos dessas pessoas.

No entanto, há quem prefira acabar com o Auxílio e colocar um novo Bolsa Família no lugar. O novo programa teria portanto valores mais altos. O Ministro da Cidadania, João Roma, vem dizendo que esse projeto vai estar pronto no próximo mês de agosto. O Governo, no entanto, ainda não bateu o martelo sobre o assunto.