Segundo Reinado no ENEM 2023: entenda como o assunto pode ser cobrado

Veja quais são os temas que podem ser abordados pelo ENEM 2023

Questões de história estarão presentes no primeiro dia do ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio. Dessa maneira, é importante que os candidatos estejam preparados para responder questões sobre os tópicos da disciplina na prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias.

Dentre os assuntos mais cobrados na prova de história e em questões interdisciplinares, podemos citar o Segundo Reinado, o período em que D. Pedro II foi imperador do Brasil.

Dessa maneira, para que você possa turbinar a sua preparação rumo ao ENEM 2023, separamos um resumo com os principais tópicos do Segundo Reinado que podem ser abordados pelas questões do ENEM. Vamos conferir!

O Golpe da Maioridade

O evento conhecido como “Golpe da Maioridade” foi o responsável por garantir à D. Pedro II a posse do trono do Brasil, em 23 de julho de 1840.

O Golpe da Maioridade foi criado para permitir que Pedro II, com apenas 14 anos de idade, pudesse assumir o trono e, consequentemente, colocar um fim ao Período Regencial e restabelecer a estabilidade política do Brasil. Devemos nos lembrar de que o Período Regencial foi uma fase muito instável da história brasileira, uma vez que o país havia se tornado palco de uma série de conflitos políticos e sociais, como a Cabanagem, Balaiada e a Sabinada

Pedro II não poderia assumir o trono com apenas 14 anos, já que ainda era menor de idade. Mas, o partido liberal conseguiu antecipar a maioridade e coroar Pedro.

O “parlamentarismo às avessas”

O sistema parlamentarista foi criado pela Inglaterra durante a Idade Moderna e, durante o Império, havia sido implementado também no Brasil.

Porém, desde a criação da Constituição de 1824, ainda durante o Primeiro Reinado, o monarca brasileiro detinha o controle sobre os outros 3 poderes, graças à existência do quarto poder: o poder moderador.

Parlamentarismo no Segundo Reinado
O parlamentarismo brasileiro era muito diferente do sistema inglês. Imagem: Blog do ENEM/Reprodução

No chamado “parlamentarismo às avessas”, ou seja, o contrário do parlamentarismo inglês, existiam dois partidos: o partido conservador e o partido liberal, que se alternavam como maioria dentro do parlamento. Mas, D. Pedro II possuía plenos poderes e a maior autoridade devido ao poder moderador.

Assim, a sua decisão era aquela que predominava sobre a dos parlamentares, ao contrário do que acontecia na Inglaterra.

A Guerra do Paraguai

Outro tópico muito importante que é frequentemente abordado pelas questões do ENEM sobre o Segundo Reinado é a Guerra do Paraguai, que aconteceu entre os anos de 1864 e 1870 e envolveu o Brasil, a Argentina, o Uruguai e o Paraguai.

Os principais motivos que provocaram a Guerra do Paraguai combate foram o imperialismo paraguaio e a luta pelo controle da Bacia do Prata. Quando o Paraguai, com o objetivo de expandir suas terras e formar o “Grande Paraguai”, invadiu o estado brasileiro Mato Grosso, a guerra teve início e Uruguai e a Argentina decidiram apoiar o Brasil no conflito.

O ciclo do café

O  termo “ciclo do café” é utilizado para denominar o período em que, durate o Segundo Reinado, o café foi o principal produto econômico e a principal atividade econômica do país.

O apogeu do ciclo do café foi em 1870, quando as plantações se expandiram em direção ao interior do sudeste brasileiro, que tinham um tipo de terra muito fértil para esse de cultivo: a chamada “terra roxa”. 

Nessa fase do ciclo, a exportação cresceu. Os maiores consumidores do café brasileiro na época eram os Estados Unidos e a Europa. Mas, com o início da criação das leis abolicionistas, ocorreu uma alta demanda de mão-de-obra e, assim, o governo brasileiro criou propagandas para atrair imigrantes estrangeiros.

A Lei Áurea

A Lei Áurea também pode ser cobrada em questões do ENEM que abordam o Segundo Reinado.

A Lei Áurea foi sancionada pela Princesa Isabel, regente do império na época porque D. Pedro II estava fora do país, no dia 13 de maio de 1888, e consolidou o processo de abolição de escravidão no Brasil, proibindo a prática e libertando os escravizados.

Porém, não podemos nos esquecer de que o Brasil foi o último país do continente americano a abolir a escravidão. Além disso, a Lei Áurea também não promoveu a integração dos ex-escravizados na sociedade, o que gerou diversas consequências, como a marginalização desses grupos.

Comentários estão fechados.