Médicos de todo o Brasil estão em alerta devido a possibilidade do surgimento de uma tripledemia, afetando toda a população e instalando uma crise sanitária grave, com inúmeras consequências. Como o próprio nome diz, é uma junção de três pandemias, causadas pelos vírus Sars-Cov-2, vírus sincicial respiratório (VSR) e influenza.
O quadro tem se mostrado grave há algum tempo. De acordo com a Organização-Panamericana de Saúde (Opas), a tripedemia já é uma questão de saúde pública, que ameaça toda a população. Segundo a organização, as doenças respiratórias afetam o Canadá, os EUA, além de países da América do Sul.
Os países mais frios da América do Norte costumam no final do ano apresentar um grande número de pacientes com estes tipos de doença, no entanto, a Opas afirma que estes vírus têm chegado mais cedo. No Brasil, a influência do inverno, com dias mais frios, ainda tem afetado muitas pessoas, principalmente no Sul e no Sudeste.
Isso se deve ao fato que um clima mais frio faz com que as pessoas se agrupam mais, facilitando a circulação do vírus. O Governo Federal já previa os riscos de uma tripledemia desde o início da Covid em 2020, visto que o Butantan havia adiantado sua produção da vacina para o vírus influenza no período.
Riscos da tripledemia
Os riscos relativos a tripledemia são diferenciados, de acordo com o perfil de cada paciente. Em relação à covid-19, os pacientes vacinados, poderão apresentar um quadro leve, com poucos sintomas. Eles devem melhorar rapidamente, apresentando no período febre, dores no corpo, dor de garganta e mal estar.
O governo tem se preocupado com uma parcela da população que não se vacinou, com os parcialmente vacinados e com pessoas com comorbidades. Dessa maneira, é preciso ficar atento para que elas não apresentem um caso grave com risco para a sua saúde com sintomas fortes e até casos de morte.
Já o vírus VSR traz maiores riscos a crianças recém-nascidas, que podem apresentar um quadro de insuficiência respiratória, e algumas complicações relacionadas à doença que podem afetá-las até a sua vida adulta. É um quadro perigoso que deve ser observado.
Ademais, o vírus da gripe, Influenza, pode impactar crianças de até dois anos, adultos com uma idade superior a 65 anos e doentes crônicos e obesos. A doença acomete o trato respiratório e se apresenta durante pandemias e epidemias. Ela provoca febre, tosse, dor de garganta, no corpo, entre outros.
Sintomas das doenças
A princípio, os sintomas das Sars-Cov-2, VSR e influenza são bem parecidos. A gripe apresenta um quadro de coriza. Já os pacientes com VSR, possuem sintomas relacionados à falta de ar. As novas variantes da covid-19 tem causado em seus pacientes alguns sintomas como dores de garganta e no corpo.
O diagnóstico das três doenças causadas pela tripledemia pode ser feito rapidamente, em laboratórios específicos. Vale ressaltar que a falta de testes e de exames relacionados às doenças pode atrapalhar nos tratamentos e na notificação dos casos apresentados, levando a uma interpretação errônea do quadro.
Desse modo, o tratamento adequado de cada paciente é impactado visto que a tática de combate a epidemia da covid, p or exemplo, está relacionada a vigilância epidemiológica, na observação de casos suspeitos, diagnóstico e testes, de forma a averiguar a situação da doença em sua totalidade.
Como se proteger das doenças
As vacinas são consideradas a melhor forma de se proteger contra estas doenças. Deve-se observar, no entanto, que no caso de VSR não existe uma vacina disponível aprovada. Uma outra possibilidade é a utilização de medicamentos antivirais, capazes de amenizar os sintomas das doenças causadas pelos vírus.
Algumas medidas são importantes, como a volta do uso de máscaras, principalmente nos transportes públicos e em lugares com grandes aglomerações. As pessoas mais vulneráveis aos vírus devem tomar cuidados redobrados, a fim de evitar as consequências de sua infecção.
De fato, há uma maior frequência atualmente no Brasil, de casos relacionados a doenças respiratórias. As três epidemias têm assustado os médicos brasileiros, com casos cada vez mais comuns, ao mesmo tempo. Houve uma queda destas doenças no período de combate à covid, mas com a volta à normalidade é possível que estes vírus retornem à circulação.