Os antigos smartphones com baterias removíveis caíram em desuso ao longo dos anos. E, o motivo disso foi a evolução tecnológica que, entre outros fatores, exigiu a diminuição do peso e espessura dos aparelhos telefônicos, além de melhorar a resistência contra pó e água. Porém, tudo indica que essa característica pode voltar a ser uma realidade em breve.
Os consumidores, é claro, não deixaram de se adaptar às novas tendências e passaram a carregar carregadores portáteis e cabos para evitar ficar sem bateria. No entanto, muitas pessoas ainda guardam a nostalgia de trocar de bateria em segundos e continuar a usar o smartphone sem precisar de uma tomada próxima.
Legislação pode mudar o cenário atual
A União Europeia tem debatido o retorno das baterias removíveis desde 2020, quando o Parlamento Europeu estudou novas leis para regulamentação de baterias. Uma das iniciativas propostas exigia que as baterias portáteis incorporadas em dispositivos fossem facilmente removíveis e substituíveis por usuários finais ou operadores independentes durante a vida útil do aparelho.
Em setembro de 2022, a União Europeia chegou a um acordo provisório para avançar com as legislações propostas, e agora, em junho de 2023, o Parlamento Europeu aprovou, destacando que as baterias portáteis deveriam ser projetadas de forma que os consumidores pudessem removê-las e substituí-las com facilidade.
E o que isso significa na prática?
Caso a legislação realmente se consolide, em alguns anos todos os smartphones comercializados na Europa deverão ser projetados para permitir a substituição da bateria pelos próprios usuários. Os fabricantes que atuam na Europa terão de decidir se vão criar modelos de smartphone exclusivos para esse mercado ou se vão adaptar as vendas para outras partes do mundo também. Ainda não sabemos se essa mudança pode atingir demais países!
Desde o anúncio da notícia, muitos debates foram criados em torno da interpretação exata da frase “facilmente removível e substituível”. Atualmente, é possível trocar a bateria de um smartphone caso a pessoa tenha conhecimento e coragem suficiente para remover os adesivos que prendem o aparelho e a bateria. No entanto, é difícil argumentar que isso se qualifica como “facilmente removível” para o usuário típico.
Então, como será o futuro dos smartphones?
Ainda é incerto como essa medida será aplicada na prática, mas é provável que a solução encontrada seja diferente das baterias removíveis de 15 anos atrás. A ideia, a princípio, é prolongar a vida útil do aparelho e não apenas garantir algumas horas extras de uso antes de precisar recarregar novamente. Mesmo assim, não deixa de ser interessante a possibilidade de voltar a trocar a bateria do smartphone em menos de um minuto quando a energia está acabando. Certamente, muitas pessoas gostariam de se acostumar novamente com essa facilidade.