A prefeitura da cidade de São Paulo estuda a criação de um novo auxílio social. Desta vez, o foco está nas pessoas que decidirem ajudar cidadãos em situação de vulnerabilidade social. Quem acolher um indivíduo em situação de rua, poderá receber um benefício mensal que varia entre R$ 600 e R$ 1,2 mil.
Segundo informações colhidas pelo jornal O Estado de São Paulo, o novo projeto deverá se chamar auxílio-reencontro. O jornal teve acesso a primeira versão do programa, onde indica que existirão duas faixas:
Segundo o texto do projeto, a ideia é fazer estes pagamentos mensais para as pessoas que ajudem na “locação, arrendamento ou hospedagem do indivíduo em situação de rua, em unidades habitacionais completas, parciais ou compartilhadas.” O texto ainda poderá passar por algumas alterações antes de ser apresentado de fato.
Contudo, tomando como base as informações preliminares contidas nesta minuta, é possível dizer que o auxílio já teria o seu público alvo. A ideia, na prática, é fazer pagamentos para proprietários de pensões com vagas ociosas; donos de imóveis vazios ou até mesmo pessoas que tenham um cômodo vago em sua casa.
O texto do projeto também indica um prazo para o recebimento do auxílio. A ideia é fazer com que os pagamentos sejam feitos mensalmente por um prazo de até dois anos. Contudo, este também é um ponto que pode ser alterado nos próximos meses, no processo de desenvolvimento do projeto social.
Mesmo antes da implementação do programa, membros da prefeitura de São Paulo admitem que a ideia conta com uma série de desafios. O primeiro deles é como fazer o acompanhamento da situação destes moradores de rua.
Para abrigar um cidadão em situação de vulnerabilidade social em casa e receber o auxílio, a família teria que cumprir uma série de regras. O problema é justamente fiscalizar esta família para saber se eles estão realmente cumprindo estas normas.
Outro desafio para o programa é definir quais seriam os critérios de elegibilidade para este projeto. Quais seriam as famílias que poderiam receber este auxílio? Pessoas pobres receberiam pessoas pobres? Famílias de classe média poderiam participar?
A prefeitura de São Paulo ainda não tem todas as respostas para estas perguntas, mas vem garantindo que a ideia pode ser colocada em prática. Membros do governo local afirmam que existem práticas como esta, que seriam bem sucedidas em várias cidades do mundo.
Não é de hoje que a prefeitura de São Paulo vem debatendo medidas para tentar ajudar as pessoas que estão em situação de rua. A avaliação é de que esta população cresceu exponencialmente nos últimos anos na maior cidade do país.
Dentro deste novo pacote de auxílios, a prefeitura também avalia criar mais micro casas mobiliadas espalhadas por todo o município. A ideia é justamente tentar diminuir a quantidade de famílias que estão tendo que viver nas ruas.