A prefeitura da cidade de São Paulo inaugurou no final da última semana mais uma unidade do programa Bom Prato. Trata-se de um projeto social que trabalha na entrega de refeições para a população em situação de vulnerabilidade social. Esta nova unidade está localizada na em Parelheiros, na Zona Sul da capital paulista.
Segundo informações da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania esta nova unidade deverá oferecer cerca de 1,5 mil refeições diárias para esta população. Os pagamentos deste programa foram feitos em parceria com o Governo do estado de São Paulo, mas é de autoria da prefeitura municipal.
Esta é a segunda unidade do Bom Prato Paulistano inaugurado nesta região. O primeiro deles foi inaugurado no último dia 14 de dezembro em M’Boi Mirim/Piraponha. Nos dois casos, o Bom Prato Paulistano Parelheiros irá oferecer, diariamente, 300 cafés da manhã, com valor de R$ 0,50; e 1.200 almoços, a R$ 1.
A ideia é que crianças de até seis anos de idade e as pessoas que estão em situação de rua não precisem pagar nenhuma taxa para comer. A nova sede está localizada na Rua Pedro Klein do Nascimento, número 70, e funciona das 7h às 9h para o café da manhã. O almoço se inicia às 11h e é distribuído até que a cota acabe.
“Graças à parceria da Prefeitura com o Governo do Estado pudemos avançar nas políticas públicas na cidade. Hoje estamos aqui em Parelheiros e, em breve, estaremos inaugurando a unidade Armênia, no Centro”, disse o prefeito Ricardo Nunes (MDB).
“Parelheiros e Marsilac têm os piores IDHs ( Índice de Desenvolvimento Humano) e precisamos melhorar a qualidade de vida das pessoas desta região. Todas as unidades do Bom Prato estão servindo ceia de Natal“, afirmou o governador do estado de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB).
Moradia
Na última semana, a prefeitura de São Paulo também iniciou o processo de entrega das moradias do Vila Reencontro. A ideia é atender mais de 160 pessoas em moradias transitórias atendendo sobretudo cidadãos que estão em situação de rua.
“Essa é a primeira com moradia por 12 meses, renovável por mais um ano. Vamos inaugurar muitas outras vilas e em 2023 a Prefeitura investirá R$ 550 milhões somente para atender a população em situação de rua”, disse o prefeito.
“Aqui não serão só casas, os moradores terão todo acompanhamento de assistência social, cursos profissionalizantes para que consigam um emprego. Ninguém foi morar na rua porque quis. As pessoas acabaram na rua por destino da vida, porque em algum momento não teve condições de ter um emprego para manter o seu sustento, pagar seu aluguel, sua prestação e poder ter a dignidade para morar”, seguiu.
Extrema-pobreza em São Paulo
Entre janeiro e julho deste ano de 2022, estima-se que o número de pessoas vivendo em situação de extrema-pobreza na cidade de São Paulo cresceu 10,3%. Os dados foram revelados pelo portal G1 em uma consulta aos números disponíveis no Cadúnico.
A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) disse que em janeiro São Paulo contava com 619.869 famílias que viviam com renda per capita mensal de até R$ 105, ou seja, eram cidadãos em situação de extrema-pobreza.
Em julho, este número saltou para a casa dos 684.295. Apenas uma parte destas pessoas conseguem ser atendidas por programas sociais federais e estaduais. Uma parcela não consegue receber nada.