Nos últimos anos, especialmente por conta da pandemia do Covid-19, os brasileiros se depararam com uma grande queda no poder de compra. Seja por causa do baixo salário-mínimo, seja pela inflação, o cenário da crise econômica acabou deixando várias famílias em uma situação de vulnerabilidade.
Com isso, foram feitas pesquisas que indicam que o salário-mínimo não supre as necessidades dos brasileiros. Para isso, o dinheiro teria que ser em mais quantidade. Mesmo com o reajuste que ocorrerá no mês de maio, o valor ainda ficará longe daquilo que o cidadão precisa para viver com dignidade.
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A base do salário-mínimo e a pesquisa feita do valor ideal
Vale destacar, antes de prosseguirmos, que o atual piso nacional é pago para além dos profissionais empregados pela CLT. Ele serve para o pagamento de beneficiários de auxílios, pensões e aposentadorias também.
Segundo a lei, o salário, determinado como mínimo, deve ter como principal objetivo, cobrir o que as famílias precisam para viver, com o básico, claro. Assim, o valor tem que cobrir as despesas, garantindo moradia, alimentação, transporte, higiene, bem como o vestuário.
Atualmente, o piso nacional pago aos trabalhadores é fixado em R$ 1.302,00. Mas, há previsão para o mês de maio da assinatura da MP (Medida Provisória) que aumentará o salário-mínimo para R$ 1.320,00. Essa alteração ocorrerá em 1º de maio, considerado o Dia do Trabalhador.
Por conta da alta inflacionária e por conta da crise econômica, especialmente pela pandemia, como citamos, a pesquisa revelou algo que já sabíamos. Mesmo com o mínimo atualizado no mês de maio, não é uma quantia suficiente para que as necessidades de uma família brasileira sejam supridas.
Qual é o valor ideal para que o brasileiro viva em condições mínimas com o seu poder de compra?
O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) usou alguns dados da PNCBA (Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos) para definir um valor básico ideal. E, pasmem! A quantia que o brasileiro deveria receber de salário-mínimo para conseguir pagar pelas prioridades básicas é de R$ 6.547,58.
As despesas que entraram na listagem da pesquisa foram as com moradia, alimentação, saúde, higiene, assim como educação, vestuário, lazer e transporte. No entanto, é importante destacar que é seria imprescindível que o governo aumentasse o piso para a quantia citada acima, mesmo que o reajuste seja gradual, para não acarretar um grande impacto nos cofres públicos.
De fato, receber a quantia de mais de R$ 6 mil é o desejo de milhares de brasileiros. Como visto, o mínimo atual não supre as necessidades que uma família tem. Não é à toa que os cidadãos, cada vez mais, procuram maneiras de obter renda extra. Contudo, deveria caber ao Estado a garantia da qualidade de vida de todos os residentes em solo nacional.
Por conta disso é que programas sociais se mostram como tão importantes, seja de nível federal, estadual ou mesmo municipal. Ademais, iniciativas que divulgam o empreendedorismo são também de igual importância para que as famílias não fiquem presas ao salário-mínimo.