Há quatro diferentes categorias para o novo salário mínimo regional do Paraná. Essa remuneração não é válida para os funcionários cujos salários são definidos por legislação federal, convenção ou acordo coletivo, assim como para servidores públicos.
O reajuste salarial foi aplicado aos trabalhadores que recebem o piso regional paranaense na última sexta-feira (04). O montante varia de R$ 1.749,02 a R$ 2.017,02, dependendo da área de atuação do profissional. Os valores foram atualizados de acordo com o salário mínimo nacional e a diferença resultante do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), conforme estabelecido pelo governo estadual.
Confira as categorias e seus respectivos reajustes salariais
- Engloba trabalhadores agropecuários, florestais e da pesca, com salário reajustado em R$ 7,95, totalizando R$ 1.749,02;
- Atende profissionais do setor de serviços administrativos, serviços gerais, reparação, manutenção, vendedores do comércio em lojas e mercados, e trabalhadores domésticos, com salário reajustado em R$ 8,06, totalizando R$ 1.816,60;
- Abrange empregados na produção de bens e serviços industriais, com salário reajustado em 8,53, chegando a R$ 1.877,19;
- Inclui profissionais técnicos de nível médio, com salário reajustado em R$ 9,17, chegando a R$ 2.017,02.
O mínimo regional não se aplica aos empregados cujos salários são definidos por legislação federal, convenção ou acordo coletivo, nem aos servidores públicos. Esses valores foram definidos em maio pelo Conselho Estadual do Trabalho, Emprego e Renda, de acordo com o decreto assinado pelo governador Ratinho Junior (PSD), e entraram em vigor na sexta-feira.
Dieese afirma que o ideal para o salário mínimo seria R$ 6.528,93
O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) calculou que o ideal para o salário mínimo que sustentaria uma família em julho deveria ter sido de R$ 6.528,93. O valor corresponde a 4,95 vezes o piso atual, que é de R$ 1.320,00. A pesquisa mensal realizada pelo instituto utiliza como base a cesta básica, que é mais cara entre 17 capitais do Brasil, sendo a de Porto Alegre a referência em julho.
Conforme a determina a Constituição, o salário mínimo precisa ser suficiente para que cubra as despesas do trabalhador e o grupo familiar. Dessa forma, o valor necessário para uma família composta por quatro pessoas seria de R$ 6.528,93 em julho.
Em junho, o salário mínimo ideal era de R$ 6.578,41, equivalendo a 4,98 vezes o piso nacional. Em julho de 2022, o valor necessário era de R$ 6.388,55, ou 5,27 vezes o que estava vigente na época, que era de R$ 1.212,00.
Valor da cesta básica caiu em 13 capitais brasileiras
Durante os sete primeiros meses deste ano, o custo da cesta básica teve redução em nove capitais. Por outro lado, ao comparar os valores da cesta entre julho de 2022 e julho de 2023, 11 cidades registraram aumento nos preços, variando de 0,11% em Belo Horizonte a 4,44% em Natal.
No período entre junho e julho de 2023, as maiores quedas ocorreram nas capitais de Recife (-4,58%), Campo Grande (-4,37%), João Pessoa (-3,90%) e Aracaju (-3,51%). Em relação aos alimentos, o valor médio do quilo da carne bovina de primeira apresentou diminuição em todas as cidades, variando entre -7,16% em Florianópolis e -0,86% em Vitória, assim como o feijão carioquinha.
Por outro lado, Porto Alegre registrou aumento no conjunto de alimentos em 0,47%. Mas, houve relativa estabilidade nas demais cidades, com Salvador (0,03%), Brasília (0,04%) e Fortaleza (0,05%).
Porto Alegre foi a capital com o maior custo para a cesta básica (R$ 777,16), seguida por São Paulo (R$ 769,95). Houve uma queda de 1,67% em relação a junho. Comparando com julho de 2022, os preços subiram 1,25%.
No Rio de Janeiro, capital com a quarta cesta básica mais cara (R$ 738,12) entre as cidades pesquisadas, houve uma diminuição de 0,39% em relação a junho. Comparando com julho de 2022, o valor da cesta aumentou 1,99%.