Salário mínimo: Centrais acreditam em aumento para R$ 1.320 em maio

Membros de Centrais Sindicais afirmam que o mais provável é que o Governo eleve o salário para R$ 1.320 em maio

O salário mínimo vai aumentar mais uma vez este ano? Esta é uma pergunta que segue sem resposta do Governo Federal. Segundo as informações oficiais, reuniões do grupo de trabalho da área devem ocorrer em Brasília para definir o que poderá acontecer com este patamar.

Hoje, o salário mínimo é de R$ 1.302, um aumento de 7,4% em relação aos R$ 1.212 que foram pagos no ano passado. Este já é um reajuste real, porque está acima da inflação de 2022. Contudo, há uma pressão para que Lula aplique aquilo que seria um segundo aumento no ano.

Segundo apurações do jornal O Estado de São Paulo, representantes de Centrais Sindicais estão pessimistas. Em reuniões recentes, eles levaram uma proposta de realização de um novo aumento com base na inflação e no Produto Interno Bruto (PIB) dos últimos dois anos. Por esta conta, o salário poderia subir para R$ 1.342.

Membros destas Centrais concordam que o Governo não deverá atender esta demanda ainda este ano. Eles acreditam que na reunião, o poder executivo deverá optar por uma espécie de meio-termo, pagando um valor intermediário entre o valor atual e o pedido das Centrais.

R$ 1.320 ganha força

Ainda com base nas informações do Estadão, Centrais Sindicais acreditam que o mais provável é que o Governo Federal feche questão em torno dos R$ 1.320. Vale lembrar que este foi o valor definido e aprovado pelo Congresso Nacional ainda no final do ano passado.

Contudo, mesmo depois desta aprovação, o fato é que o presidente Lula (PT) ainda não assinou nenhum decreto sobre o tema. Assim, até segunda ordem segue valendo o plano de aumento para a casa dos R$ 1.302, valor que foi definido por Bolsonaro ainda no ano passado.

Simone Tebet prevê cortes

Em entrevista ao portal Uol no final da última semana, a Ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB) falou sobre o tema. De acordo com ela, existe a possibilidade de um novo aumento do salário, mas esta elevação teria que vir acompanhada de um corte de gastos em outras áreas.

“Quando o presidente disser ‘fechamos um acordo’ (para reajustar o piso) de R$ 1.310, R$ 1.315, R$ 1.320, (e perguntar) ‘de onde poderíamos cortar?’, eu tenho por obrigação que apresentar o quadro e dizer onde cabe ou não (corte em verba) e onde é prioritário, para ele escolher”, disse Tebet.

“Tenho noções, mas não vou adiantar, sob pena de abrir uma discussão do que passa a ser prioritário ou não, e atrapalhar uma possível negociação nessa questão”, disse a Ministra. Uma decisão final sobre um novo aumento do salário mínimo só deve acontecer dentro de mais algumas semanas.

Lula critica mercado sobre salário

Em declaração na última semana, Lula disse que o mercado costuma se irritar mais com o possível aumento do salário mínimo, do que com outras situações.

“Qualquer palavra que você fale na área social – ‘vou aumentar o salário mínimo em 10 centavos’, ‘vamos corrigir o IR’ – o mercado fica nervoso, fica muito irritado. Agora, um deles joga fora 40 bilhões de uma empresa que parecia ser a mais saudável do planeta e esse mercado não fala nada, fica em silêncio”, prosseguiu. “Por que tanto amor pelos grandes e tanto desinteresse pelos menores?”, questionou Lula.

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