O Governo Federal deverá reajustar novamente o salário mínimo para 2021. Acontece que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado para a correção do mínimo, acumulou alta de 5,45% em 2020.
Quando corrigiu o salário mínimo para 2021, passando de R$1.045 para R$1.100, o Governo Federal reajustou o salário mínimo em 5,26%. No entanto, como o aumento do INPC em 2020 foi de 5,45%, o reajuste dado pelo Governo Federal no fim do ano passado foi inferior. Sendo assim, para que não haja perda de poder de compra, o valor do salário mínimo deverá ser de ser reajustado para R$ 1.101,95 em 2021.
O novo reajuste do valor, com base no INPC, segue o que determina o texto Constitucional do país. O salário mínimo tem que ser corrigido, ao menos, pela variação do INPC do ano anterior.
Porém, como o reajuste começa a valer em 1º de janeiro de cada ano, antes da divulgação do resultado oficial do INPC pelo IBGE, o governo faz a correção com base em uma estimativa. Foi justamente o que o Governo fez, estimou o salário em R$1.100. Mas agora, com a correção, o valor deverá ir para R$1.101,95.
No ano passado, o procedimento foi o mesmo. O índice de reajuste do salário mínimo, inicialmente, foi menor do que o resultado do INPC de 2019. Porém, logo após divulgação do IBGE, o governo federal determinou nova correção.
O salário mínimo, inicialmente, foi fixado em R$1.039. No entanto, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor, o valor passou para R$1.045, ficando vigente até dezembro de 2020.
Sem aumento real
O reajuste do salário mínimo varia de acordo com o aumento dos preços, registrados a partir das taxas de inflação. Ou seja, os trabalhadores receberão o poder de compra de reajustado conforme o índice de inflação (aumento geral no nível de preços).
Esse já foi o formato adotado em 2020, o primeiro da gestão do presidente Jair Bolsonaro, quando a área econômica reajustou o salário mínimo somente com base na inflação de 2019.
De acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve de referência para 49 milhões de trabalhadores no Brasil.