O mercado numismático é um tanto quanto movimentado. Numismática é como chama-se a prática de colecionar moedas, atividade comum pelo Brasil e mundo afora. É essa ciência que nos ajuda a entender a quantia cobrada por algumas moedas.
Hoje, você vai conhecer quanto valem algumas moedas comuns de 5 centavos de várias datas e variações, e como aquelas que possuem erros de cunhagem chamam atenção em razão do valor atribuído as mesmas. Além disso, você também vai entender como o estado de conservação irá afetar o preço da moeda.
Exemplares comuns e seus valores
Aqui estão algumas moedas de 5 centavos de várias datas e seus valores correspondentes em estado Flor de Cunho (FC), Soberba/Flor de Cunho (S/FC) e Muito Bem Conservada/Soberba (MBC/S), de acordo com informações do site Cláudio Amato Numismática:
- 1994: FC – R$ 6
- 1995: FC – R$ 8
- 1996: S/FC – R$ 6
- 1997: FC – R$ 7
- 1998: FC – R$ 30
- 2000: MBC/S – R$ 20
- 2010: FC – R$ 5
- 2014: FC – R$ 4
- 2017: FC – R$ 4
Essas moedas têm valores relativamente baixos porque são comuns e não apresentam características excepcionais. No entanto, quando falamos de moedas com erros ou variações específicas, os valores podem aumentar significativamente.
Moedas com erros de cunhagem
Erros de cunhagem são falhas que ocorrem durante o processo de fabricação de moedas e podem aumentar consideravelmente seu valor. Aqui estão alguns exemplos de moedas de 5 centavos com erros e seus respectivos valores:
- 1994 – Reverso invertido:
- FC – R$ 220
- S – R$ 95
- MBC/S – R$ 65
- 2003 – Reverso invertido:
- S – R$ 100
- MBC/S – R$ 70
- 2003 – Reverso horizontal:
- S – R$ 80
- MBC/S – R$ 55
- 2013 – Reverso invertido:
- S – R$ 100
Reverso invertido: Esse erro ocorre quando o verso da moeda é cunhado de cabeça para baixo em relação ao anverso. É um erro relativamente raro e muito valorizado por colecionadores.
Reverso horizontal: Neste caso, o verso da moeda é cunhado em uma orientação horizontal incorreta em relação ao anverso. Também é um erro raro e valorizado, similar ao anterior.
Estados de conservação
O estado de conservação de uma moeda é uma consideração essencial. Conforme você reparou ao longo do texto, a variação de valor se dá justamente com base na categorias de conservação do exemplar. Confira a descrição de cada uma seguir:
Flor de Cunho (FC)
- Moedas em estado Flor de Cunho (FC) são as mais perfeitas que existem, sem qualquer sinal de uso ou desgaste. Além disso, a superfície da moeda é brilhante e sem arranhões, amassados ou manchas. Todos os detalhes do design são nítido.
Soberba (S)
- Moedas classificadas como Soberba (S) estão em excelente estado, com apenas leves sinais de manuseio ou circulação, e mantêm a maior parte dos detalhes originais (ao menos 90%). A superfície pode ter perdido um pouco do brilho, mas ainda está em ótimo estado.
Muito Bem Conservada (MBC)
- Moedas Muito Bem Conservadas (MBC) mostram sinais de desgaste, mas ainda retêm a maioria dos detalhes importantes. A moeda pode ter arranhões e pequenas marcas de circulação, mas mantém uma boa aparência geral e poderá ser valiosa a depender de elementos como erros de cunhagem ou raridade geral percebida.
Bem Conservada (BC)
- Moedas em estado Bem Conservado (BC) apresentam desgaste mais significativo devido ao uso. Os detalhes principais ainda são reconhecíveis, mas estão bastante desgastados. Já não tende a valer quantias muito altas por conta do estado mais deteriorado.
Regular (R)
- Moedas em estado Regular (R) são muito desgastadas, com a maioria dos detalhes originais difíceis de distinguir. Arranhões profundos, amassados e manchas são comuns. É possível que para visualizar data e legenda seja preciso lentes. Sendo assim, o valor é baixo ou nulo.
Um Tanto Gasta (UTG)
- Moedas classificadas como Um Tanto Gasta (UTG) estão em estado muito ruim, com a maioria dos detalhes originais apagados. Essas moedas, na maior parte dos casos, já não vale mais coisa alguma.
Categorias como S/FC e S/FC, aliás, são intermediárias, referentes a moedas que estão “entre” os dois níveis citados. A determinação é feita, na maior parte das vezes, por um especialista. Isso porque um profissional da área está mais apto a fazer uma análise assertiva.