O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, anunciou, na segunda-feira (20), após reunião, que representantes de escolas privadas manifestaram a intenção de retomar as aulas presenciais, de forma voluntária, no dia 3 de agosto. A prefeitura já tinha determinado em decreto que o retorno da rede privada de ensino a partir de agosto seria facultativo a professores, funcionários e pais de alunos que assim desejassem, mas sob regras rígidas da Vigilância Sanitária.
Segundo reportagem da Rádio Agência Nacional, o Sindicato da Escolas Particulares do Município (Sinepe-Rio) foi procurado para confirmar a intenção de retomada das aulas, mas não houve resposta até o fechamento da matéria.
No último dia 04 de julho, os professores, em Assembleia Unificada do Sindicato dos Professores do Município do RJ (Sinpro-Rio), votaram a favor do que eles chamaram de “Greve pela Vida”, dizendo não ao retorno às aulas presenciais. Uma nova assembleia foi agendada para o dia primeiro de agosto.
O vice-presidente do Sinpro, Afonso Celso Teixeira, afirmou que recebeu a informação do anúncio do prefeito com surpresa e indignação.
No estado, governo determinou que a retomada das atividades presenciais na rede pública está condicionada ao decreto que estabelece bandeira verde em relação à pandemia do novo coronavírus. O nível é determinado pela Secretaria de Saúde e indica as condições mínimas de segurança para o retorno, o que significa uma taxa de ocupação de leitos abaixo de 70%, e queda na curva de contaminação da Covid-19.
Pressão
Professores da rede privada de ensino do Rio de Janeiro fizeram uma “greve pela vida” como forma de protesto contra o retorno das aulas presenciais no início de julho. Eles alegavam que o retorno não englobava um planejamento e as escolas particulares estavam pressionando o governo pela retomada das atividades.
A prefeitura chegou a publicar um protocolo de segurança para a retomada. As medidas serviriam para as redes particular e municipal. O prefeito Marcelo Crivella anunciou que a volta das escolas privadas seria facultativa a partir do dia 10, mas nem isso foi deliberado.