Rio de Janeiro pode reajustar passagens em 2023. Veja novos valores
Prefeito Eduardo Paes estuda a possibilidade de reajustar as passagens de ônibus já a partir de janeiro de 2023
O prefeito da cidade do Rio de Janeiro Eduardo Paes (PSD) disse em entrevista para jornalistas nesta terça-feira (27) que o preço das passagens na capital carioca poderão ser reajustados mais uma vez. Segundo o chefe do executivo municipal, o preço poderá passar para R$ 4,20 ou R$ 4,30.
“Estou pensando ainda. (Mas), posso aumentar a passagem de ônibus. Não sei o valor ainda se será de R$ 4,20 ou R$ 4,30. Se eu aplicar o IPCA será de R$ 4,30. Se eu aplicar a fórmula paramétrica (o valor da passagem) vai lá na lua “, informou Paes durante encontro com jornalistas no Palácio da Cidade, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
“Estamos analisando qual será o melhor caminho”, disse Paes. Vale lembrar que a prefeitura aumentou o valor da remuneração aos consórcios de ônibus que prestam o serviço de transporte na cidade. Neste primeiro momento, esta medida interfere apenas nos repasses da prefeitura, e não no aumento das passagens diretamente.
Como contrapartida para este aumento, a prefeitura decidiu que as empresas de ônibus deverão rodar com o ar-condicionado ligado, e com ônibus em bom estado de conservação. Além disso, há também a condição para que mais veículos operem na cidade. O prazo para estas mudanças é julho de 2023.
No Rio de Janeiro, o preço atual da passagem é de R$ 4,05 e está congelado desde janeiro de 2019. Naquela ocasião, o então prefeito Marcelo Crivella entrou em um acordo com os quatro consórcios que operam as linhas de ônibus na cidade para manter os preços atuais. Desde então, o município passou a arcar com parte dos custos do sistema.
População de rua
O prefeito do Rio de Janeiro também falou sobre a situação dos moradores de rua da capital fluminense. De acordo com ele, este seria o grande problema da cidade hoje, e disse ainda que considera a possibilidade de realizar internações compulsórias.
“A população de rua é hoje o maior problema do Rio de Janeiro. Estamos avaliando as questões legais para a adoção dessa prática [da internação]”, disse o prefeito durante este mesmo encontro com jornalistas, na terça-feira (27).
A internação compulsória é aquela que obriga o morador de rua a sair daqueles locais mesmo que ele não concorde com a ideia. Esta prática costuma receber críticas sobretudo de ativistas de Direitos Humanos, mas já foi empregada pelo próprio Paes durante a sua primeira passagem pela prefeitura do Rio de Janeiro.
Roubos no Rio
Na mesma entrevista, Paes falou sobre trabalhadores que estão reclamando de constantes roubos que estão acontecendo na cidade. Ele disse que vários cabos estão sendo roubados e algumas obras precisaram ser paradas por este motivo.
“As estações da Transbrasil não estão prontas porque (eles) roubam (tudo). (Por conta disso) mandei parar de fazer. Só vamos acabar de fazer quando o ônibus estiver lá, porque eles roubam ou vão morar lá. Eles roubam a porta inteira”, afirmou Eduardo Paes.
“O que fazemos é dar pancada em ferro velho. E tem uma coisa que é Polícia Civil. Isso é inteligência. Tem atacadista, não é varejo. Infelizmente, já conversei com o governador várias vezes (sobre essa situação). É uma loucura”, disse.