A equipe econômica, ao enviar o Orçamento de 2024 ao Congresso Nacional, sinalizou o possível encerramento da isenção em compras internacionais, que atualmente se situa na faixa de US$ 50.
Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, propôs uma alíquota mínima de 20% como medida preventiva.
A justificativa por trás desse novo percentual está na intenção de evitar um déficit de R$ 2,8 bilhões em receitas. Essa valor seria resultante da cessação do benefício da isenção em compras internacionais.
Além disso, a proposta busca intensificar a fiscalização sobre plataformas de comércio eletrônico, tais como Shein, Shopee e Aliexpress.
O governo está empenhado em alcançar a ambiciosa meta de zerar o déficit fiscal, adotando medidas para otimizar a arrecadação e equilibrar as contas públicas.
Com isso, uma das iniciativas em análise é a revogação da isenção de impostos atualmente aplicada a compras internacionais de até US$ 50.
Com o objetivo de atingir a meta de arrecadação de R$ 168 bilhões no próximo ano, o governo está considerando a implementação de uma alíquota mínima para essas transações.
A proposta pretende fortalecer as finanças públicas, mas também promover uma distribuição mais equitativa dos encargos tributários.
Para entender melhor esse assunto, siga a leitura desse artigo!
Saiba as regras: tributação e isenção em compras internacionais
A dinâmica das compras internacionais em plataformas como a Shein e outros sites chineses está experimentando transformações significativas. Principalmente, no que diz respeito à sua conformidade com as regulamentações fiscais.
A partir de 30 de junho deste ano, a Receita Federal implementou um programa de conformidade destinado a otimizar o processo de importação e a reduzir os custos logísticos associados.
Ao aderirem voluntariamente a esse programa, os sites chineses comprometem-se a fornecer antecipadamente todas as informações necessárias à Receita Federal. Essa prática permite uma análise de risco mais eficiente das remessas de compras internacionais.
Assim, acarreta em benefícios tangíveis, como entregas mais rápidas e uma significativa redução de custos para os operadores logísticos.
Essa abordagem colaborativa facilita o comércio internacional, mas também aprimora a eficiência operacional para todas as partes envolvidas no processo de importação.
Contudo, é crucial destacar que o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), equivalente a 17% em todo o território nacional, ainda será aplicado.
Adicionalmente, para compras internacionais que ultrapassem US$ 50, incidirá um imposto de importação correspondente a 60% do valor do produto.
Assim, se otimiza o procedimento de importação e assegura a conformidade com as normativas fiscais. Além disso, proporciona uma experiência mais eficaz aos consumidores que efetuam compras na Shein e em outros sites chineses.
É importante salientar que, embora haja simplificação no processo, os encargos tributários persistem como parte do cenário para compras internacionais.
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Quais são os critérios para a isenção?
Para assegurar a isenção fiscal, as empresas agora precisarão aderir ao Remessa Conforme. Esse é um plano de conformidade elaborado para atender às práticas e exigências tributárias estabelecidas pela Receita Federal.
A implementação desse plano pretende simplificar o processo de importação de compras internacionais, ao mesmo tempo em que combate a evasão fiscal. Ademais, regulariza plataformas que anteriormente não estavam em conformidade com as normas tributárias.
Como parte dessa iniciativa, as empresas serão obrigadas a realizar a declaração de importação e efetuar o pagamento dos tributos antes da chegada das mercadorias ao território nacional.
Essa abordagem tem como objetivo antecipar a tributação, tornando o consumidor responsável pelo pagamento dos impostos no momento da compra, evitando assim possíveis irregularidades fiscais.
Assim, alcança-se uma maior transparência e conformidade nas compras internacionais. Adicionalmente, fortalece o cumprimento das obrigações tributárias e contribui para um ambiente de negócios mais justo e equitativo.
As novas regulamentações exigem que as empresas informem aos consumidores não apenas a origem dos produtos, mas também o valor total da mercadoria. Além de detalhes sobre os tributos federais e estaduais incorporados nos preços.
Dessa maneira, aprimora a transparência nas compras internacionais e fornecer aos consumidores uma compreensão completa dos custos envolvidos em suas compras.
Ademais, a implementação dessas práticas permitirá à Receita Federal antecipar a gestão de riscos relacionados às encomendas. Isso implica na realização de verificações detalhadas para identificar possíveis incompatibilidades nas transações comerciais.
Como resultado, as compras que forem classificadas como de baixo risco serão liberadas imediatamente, agilizando o processo de desembaraço aduaneiro e facilitando o fluxo eficiente das mercadorias no mercado.
Essa abordagem proativa contribuirá para um ambiente mais seguro e transparente no comércio, beneficiando tanto consumidores quanto empresas.