Economia

Rendimento dos trabalhadores CRESCE no país em 2023, revela IBGE

Os trabalhadores brasileiros receberam uma notícia positiva nesta semana. O rendimento médio real de todos os trabalhos totalizou R$ 2.947 no trimestre móvel de junho a agosto de 2023. Isso quer dizer que, em média, os trabalhadores receberam 2,2 vezes mais que o salário mínimo vigente no país, de R$ 1.320.

Em suma, o valor do rendimento ficou estável na comparação com os três meses anteriores. No entanto, quando comparado ao  trimestre móvel encerrado em agosto de 2022, o valor cresceu 4,6%, visto que os trabalhadores do país receberem, em média, R$ 2.818 no período.

Esse dado mostra que os empregados do país receberam mais neste ano, quando comparado ao mesmo período do ano passado, resultado que reflete a melhora do rendimento no país, para alegria dos trabalhadores do país.

A saber, os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada na semana.

Rendimento cresce em cinco segmentos

Em resumo, o IBGE revelou que, na comparação trimestral, o rendimento se manteve estável em quase todos os dez grupamentos pesquisados. A única exceção foi a indústria, cuja renda dos trabalhadores cresceu 2,8% no trimestre de junho a agosto, alta que correspondeu a R$ 76.

Já em relação ao trimestre móvel de junho a agosto de 2022, cinco grupamentos registraram crescimento da renda dos trabalhadores. Confira quais foram:

  • Alojamento e alimentação (14,2%, ou mais R$ 247);
  • Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,5%, ou mais R$ 176);
  • Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (4,7%, ou mais R$ 109);
  • Indústria (3,8%, ou mais R$ 105);
  • Serviços domésticos (5,3%, ou mais R$ 58).

Os outros cinco grupamentos pesquisados não tiveram variações significativas em relação ao trimestre móvel encerrado em agosto de 2022. A propósito, os grupamentos são:

  • Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura;
  • Construção;
  • Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas;
  • Outros serviços;
  • Transporte, armazenagem e correio.
Rendimento dos trabalhadores cresce em cinco dos dez grupamentos pesquisados em um ano. Imagem: Pixabay.

Renda também cresce entre as posições

A PNAD Contínua também revelou que, entre as posições na ocupação, o rendimento se manteve estável na comparação trimestral em todas elas. Por outro lado, a renda cresceu em quase todas as posições em relação ao mesmo período de 2022, elevando o poder de compra dos trabalhadores.

Confira abaixo os dados apresentados pela pesquisa:

  • Empregado no setor público, incluindo servidor estatutário e militar (4,2%, ou mais R$ 180);
  • Trabalhador por conta própria (6,8%, ou mais R$ 149);
  • Empregado sem carteira de trabalho assinada (6,9%, ou mais R$ 128);
  • Empregado com carteira de trabalho assinada (3,0%, ou mais R$ 79);
  • Trabalhador doméstico (5,3%, ou mais R$ 58).

A única exceção foi a categoria empregador, cujo rendimento não apresentou variação significativa em relação ao trimestre móvel de junho a agosto de 2022.

Massa de rendimento cresce no trimestre

Embora o rendimento dos trabalhadores tenha se mantido estável na comparação trimestral, crescendo apenas na base anual, a massa de rendimento avançou no trimestre. Em suma, esse resultado é bastante positivo para os trabalhadores do país, e isso aconteceu graças à melhora do mercado de trabalho brasileiro.

De acordo com o IBGE, a massa de rendimento real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, ficou estimada em R$ 288,9 bilhões. Em resumo, esse valor foi o recorde da série histórica, visto que o IBGE nunca havia registrado um montante tão elevado assim quanto o do trimestre móvel encerrado em agosto deste ano.

Na comparação com o trimestre anterior, a massa de rendimento cresceu 2,4% (R$ 282,1 bilhões), acréscimo de R$ 6,8 bilhões. Da mesma forma, a massa cresceu em relação ao trimestre móvel de junho a agosto de 2022 (R$ 273,8 bilhões), mas o aumento foi ainda maior, de 5,5% (ou R$ 15,1 bilhões).

Saiba mais sobre a PNAD Contínua

Segundo o IBGE, “a PNAD Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país“.  A saber, a pesquisa divulga dados trimestrais referentes a amostras que correspondem a 211 mil domicílios do país, ou seja, a pesquisa é feita por amostragem, pois divulga resultados de parcelas da população, que podem ser extrapolados para o cenário geral do país.

Por fim, o IBGE também revelou que existem cerca de dois mil entrevistadores em todo o Brasil coletando os dados do mercado de trabalho. Aliás, os 26 estados e o Distrito Federal se mantêm integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE, distribuídas em diversos municípios brasileiros.